A reestreia do Maracanã para os clubes do Rio mostrou um estádio lindo e (importante!) em paz, mas cheio de cadeiras vazias. Apenas 34 mil pagantes e 46 mil presentes. Os setores mais caros ficaram às moscas. E os lugares marcados não foram respeitados — e assim será, enquanto não se abolir a venda “randômica”, na qual um software define os assentos, separando famílias e amigos.
O mais bizarro, porém, foi mesmo o show mequetrefe do intervalo. A liturgia da bola dispensa danças, músicas, DJs etc, entre o primeiro e o segundo tempo. Ainda mais em níveis de som ensurdecedores. A macaquice de imitação dos esportes americanos recebeu uma merecida vaia da torcida e coros com cabeludos palavrões.
O mau uso dos telões também comprovou que os novos administradores não são do ramo. Pouco mostraram da partida e esbanjaram luzes feéricas. Estádio não é boate. É um templo. Do futebol! E o que o torcedor quer é “replay”. Ou lances de decisões históricas no pré-jogo ou no intervalo.
Para finalizar, da arrecadação de R$ 1.554.510 (bilheteria), o Fluminense ficou com R$ 999.449. Bom? Depende do ponto de vista. Tudo o que se faturou com bares, publicidade estática, estacionamento etc foi para o cofre do consórcio. Quanto significa isso? Os tricolores não fazem a menor idéia…
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado