O novo Maracanã foi construído com dinheiro público.
A torcida do Clube de Regatas do Flamengo é a maior no Rio e no país.
Portanto, a maioria dos contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, de cujo bolso foi paga a obra, torce pelo Flamengo.
Os rubro-negros bancaram como ninguém a nova “arena”.
Como também são majoritários na capital do Estado, já haviam fornecido em impostos o grosso das verbas que ergueram o Engenhão, de propriedade da Prefeitura do Rio. O estádio foi cedido ao Botafogo.
O Consórcio Maracanã, para o qual o Estado passou a exploração do estádio feito com recursos públicos, fechou contrato com o Fluminense.
Com o Flamengo, não, porque a agremiação de maior massa não aceita absurdos como ficar com a renda apenas dos assentos mais baratos. A parte do leão caberia à joint-venture controlada pela Odebrecht.
Se não houver acordo da empreiteira com o Flamengo, ocorrerá um absurdo: grandes contribuintes dos Tesouros municipal e estadual, os rubro-negros não terão um estádio no Rio para assistir à sua equipe, que seguirá jogando alhures, como em Brasília.
É difícil imaginar que sobreviva o grande esquema acordado em torno do Maracanã, se vingar a aberração que seria barrar o Flamengo.
Haveria mais um motivo para voltar às ruas.
E de trabalho para os tribunais.
Fonte: Blog do Mário Guimalhães