A pedido de Mano e pelo medo da segundona, Flamengo vai às compras.

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Não está sendo nada do que ele imaginava. Seu sonho era sair da Seleção direto para a Europa. Ainda por ser um treinador moderno, do tipo que planeja sua carreira no computador. Frequenta fonoaudióloga, media training, faz exercícios físicos para permanecer com o mesmo peso de dez anos atrás., estuda idiomas e se preparou para a carreira na elite do futebol europeu. Só que os convites não vieram.
Sua realidade é o grande mas tumultuado Flamengo. Foi levado ao clube por seu companheiro de anos, Paulo Pelaipe. Os dois gaúchos são os responsáveis pelo futebol na Gávea. O presidente Eduardo Bandeira aceitou a indicação com um pensamento: gastar muito com um treinador preparado porque vai economizar com o time.
Com R$ 750 milhões em dívidas assumidas, o Flamengo padece. Depois da humilhante derrota contra o Bahia está na zona do rebaixamento. Cair é o maior medo de Eduardo Bandeira. Quando o torneio começou, ele deixou Jorginho comandando a equipe e acreditou que o fraco elenco seria suficiente para fazer uma campanha média. Não há grandes sonhos para 2013.
O dinheiro da televisão e do patrocínio da Caixa tem destino certo: amortizar os juros das dívidas e pagar os salários do time. Mas Eduardo Bandeira percebeu que não poderia seguir por esta linha e as derrotas do futebol estavam deixando o clube ingovernável, e por isso tratou de ir contra as suas próprias palavras.
Nada de conter dinheiro. Mandou embora Jorginho apenas depois de 14 partidas e investiu alto em Mano Menezes. O clube não confirma os R$ 600 mil que a imprensa carioca divulgou, só assume que, com ele, a folha de pagamento é de R$ 6 milhões.
O treinador avisou que o caminho seria difícil. Ele sabe o fraco potencial que teria nas mãos. Felipe, Leonardo Moura, Wallace, Marcos González e João Paulo; Luiz Antonio, Elias, Paulinho (Fernando) e Adryan (Bruninho); Carlos Eduardo (Gabriel) e Marcelo Moreno.
Este foi o time que escalou ontem na vexatória derrota diante do Bahia.A reclamação contra o erro de Éber Roberto Lopes no segundo gol disfarça. Mas não deixa de mostrar o quanto o time é fraco.
Mano Menezes faz pose, mas está implorando por reforços a Pelaipe. O dirigente faz o que não queria: bate de novo na porta de Eduardo Bandeira de Mello, pede dinheiro para buscar novos jogadores.
A pedido do treinador, o clube fracassou em duas tentativas. Ambas com ligação com o Corinthians. Leandro Castán e Sheik. Os dois preferiram ficar na Roma e no Parque São Jorge.
Mano ficou frustrado pois sabe o peso que teriam a chegada dos dois vividos atletas. O treinador também viu morrer no nascedouro o sonho de ter Kaká. O meia recusou qualquer projeto para jogar na Gávea.
A sensação é de tensão. A presença na zona de rebaixamento provoca reclamação entre os conselheiros. Outra vez voltam a questionar a política de Eduardo de Bandeira. De assumir a grande dívida de R$ 750 milhões e ter um treinador caro.
A cúpula flamenguista entendeu que não é possível ter apenas técnico se sente obrigada a investir. Uma eventual queda para a Segunda Divisão seria um desastre e acabaria com a pretensão de continuidade, de reeleição.
Por isso, a pedido de Mano, o Flamengo vai às compras. O treinador quer jogadores vividos capazes de aguentar cobrança. A diretoria estuda os disponíveis no mercado brasileiro. Desde Chicão até Carlos Alberto, ex-Vasco.
Mano quer jogadores vividos o mais rápido possível. Deseja se livrar da tensão de ver o time na zona de rebaixamento. Por seu plano de carreira, cair para a Segunda Divisão seria caótico.Para isso ele conta com seu empresário Carlos Leite. Ele já tem Wallace, Ramon e André Santos no elenco flamenguista e está vendo o que pode fazer, com seus contatos. O que não pode acontecer de jeito algum é o rebaixamento.
Eduardo Bandeira sabe que nem Patricia Amorim conseguiu essa façanha. Por isso está disposto a aceitar a cobrança de Mano Menezes.
Vai gastar. A deprimente derrota em Salvador foi um tapa na cara da direção do clube. Ter o caríssimo ex-técnico da Seleção apenas não adianta nada. A saída é buscar reforços importantes. Depois se analisa o que fazer com os R$ 750 milhões em dívidas. Exatamente como implorava o demitido Jorginho…
Fonte: Blog do Cosme Rímoli

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