O Flamengo poderia ter saído do Mineirão praticamente eliminado da Copa do Brasil. Sofreu com uma nova “invenção” de seu treinador, levou sufoco na maior parte do jogo e saiu perdendo por 2 x 0, mas aproveitou uma falha defensiva do adversário para marcar um gol que lhe manteve vivo no confronto. Apesar de todo o cenário desfavorável que se desenhava, acabou levando um bom resultado para casa.
Mano Menezes correu um enorme e desnecessário risco ao escalar Samir – zagueiro de origem – na lateral-esquerda. Na prática, um 3-5-2 que ainda não havia sido utilizado em sua passagem pelo clube. E foi justamente por aquele lado que o Cruzeiro criou suas melhores oportunidades, especialmente no primeiro tempo. Apesar de concluir ao gol duas vezes com Marcelo Moreno e acertar a trave em uma delas, o time foi dominado e o resultado de 1 x 0 no primeiro tempo ficou barato. No segundo tempo, quando passou a sair mais para o ataque e equilibrar as ações, levou o golaço de Everton Ribeiro.
O Cruzeiro dava sinais de esgotamento físico. Talvez por isso tenha sentido tanta dificuldade para responder ao gol que sofreu, numa falha bisonha do zagueiro Dedé. Gol “achado” pela equipe carioca, que não teve qualidade suficiente para se aproveitar do abatimento do adversário e chegar ao empate. Destaques negativos para as atuações de André Santos, completamente perdido no meio-campo do Flamengo, e do atacante Borges, peça nula no ataque mineiro.
O confronto está sim aberto, mas o Flamengo vai precisar de muita aplicação e organização para passar de fase. A tendência é que a melhor qualidade técnica do Cruzeiro prevaleça, mas a deliciosa imprevisibilidade do mata-mata deve reservar emoções de sobra para um confronto que parecia definido desde o sorteio.
Fonte: Ei