O Flamengo não tem grandes recursos técnicos, nem uma grande perspectiva em talentos individuais. Por isso corre, e corre muito.
As vezes basta, as vezes não.
Quando no Maracanã, tem sido suficiente. Quando fora, ou no tal do “neutro”, nem tanto.
Difícil avaliar o time do Flamengo, alguma questão tática ou disciplinar. O time as vezes joga, as vezes não.
Hoje, por 45 minutos, jogou. E bastou.
O tal do Hernane resolve. O mais badalado, nem sempre. Um dos mais contestados do elenco é um dos poucos que rendem quase sempre. Vai entender.
Entendemos. Hernane é grosso. Quase ruim. Mas a bola entra, e então, o torna um bom jogador.
E aí ele se firma. Some, cai de rendimento e perde o lugar. E então, como o Flamengo, ele parece carta fora do baralho. Até entrar e fazer mais 2, decidir, e causar dúvidas em quem tinha tanta certeza.
Hernane é o Flamengo. Nunca se sabe. A certeza da incapacidade técnica se mistura com a superação eventual das quartas-feiras de Maracanã e então ninguém sabe se falamos de um centroavante grosso ou de um oportunista com potencial.
Ninguém sabe. Mas a dúvida do sucesso ainda é muito melhor que a certeza do fracasso. Por isso, com chuva, após um 4×0, lá estavam 12 mil pessoas.
Pra ver o Mengão das quartas. Morrendo de medo do de domingo.
Fonte: Blog do Rica Perrone