Se em campo esperava-se um clássico equilibrado e até com certa vantagem para o Botafogo, pela campanha no Brasileirão, na arquibancada a previsão já era de supremacia rubro-negra. Desde segunda-feira os bilhetes para o setor Norte já estavam esgotados, enquanto os alvinegros não compraram todos seus bilhetes, do setor Sul, até a hora do jogo. E a festa em vermelho e preto começou a ganhar muito volume no anúncio da equipe titular, quando Léo Moura, Elias e Jayme foram os mais aplaudidos. Já Carlos Eduardo, em um prenúncio do que aconteceria depois, recebeu vaias.
Já com os times em campo, foi a vez dos torcedores gritarem os nomes dos titulares um por um. Léo Moura, aniversariante do dia, recebeu um “Parabéns a você”. Outra novidade foi o grito de “Vai, Paulinho! Vai, Paulinho” para o camisa 26. E o atacante foi, com uma atuação memorável pela ponta esquerda. Com bola rolando, a ordem foi de “vai pra cima deles, Mengo!”.
O grito de “Uh, terror, o Hernane é Brocador” deu início a uma série de canções que seguia quase ininterrupta até o fim do jogo. E o repertório era vasto. Em determinado momento, o Maracanã virou Marquês de Sapucaí e os rubro-negros emendavam sambas-enredo, como os da Estácio de Sá, do ano do centenário, 1995, e da União da Ilha do Governador de 1989. Temas recentes como “Raça, amor e paixão” e “Mengão do meu coração” também foram muito cantados no primeiro tempo. No fim dos 45 minutos, o placar já apontava 2 a 0, e dava a senha que somente os jogadores descansassem no intervalo.