O meio de semana foi marcado pela vitória do Flamengo no Paraná, contra o Coritiba. A importante vitória quebrou dois tabus: Pra começar, foi a primeira vez no Campeonato Brasileiro de 2013 que o Mengão venceu duas seguidas. Por fim, o Flamengo voltou a vencer o time paranaense em Curitiba após 15 anos.
Se nas derrotas encontramos quem garanta que o Flamengo cairá, que todos os nossos jogadores e diretoria não prestam e que o fim do Mundo está chegando, nas vitórias, principalmente as improváveis, o Flamengo passa a ser candidato a Libertadores e outras coisas mais. É comum ouvir a Nação falando “deixou chegar…”, “rumo a Tóquio (ou a Marrocos, como queiram)” entre outros. Essa semana, após o jogo, eu ouvi a pérola “se cuida Cruzeiro”.
A verdade é que tudo no Flamengo é exagerado. Assim como um pequeno problema ganha uma dimensão gigantesca, tanto na mídia como com os torcedores, a boa fase repercute imensamente e transforma o já convencido rubro-negro em um poço de otimismo, o fazendo vislumbrar um futuro de sonhos.
Essa característica do Flamengo e de sua torcida faz parte da história. Foi ela que arrancou com o time em 2009, foi ela que lotou estádios em 2007 e nos levou à Libertadores e ela que rotineiramente deixa os torcedores adversários perplexos.
Seria como uma torcida do Botafogo ao contrário. Eles, mesmo quando o time do Botafogo vai muito bem e tende a disputar títulos, desconfiam da boa fase e não aparecem nos estádios. A receita é inversamente simples: A torcida não apoia, o time acaba tendo uma queda de rendimento e torcedor alvinegro lamenta a falta de sorte, o destino infeliz ou até os árbitros mal intencionados. Já a Nação Rubro Negra espera apenas um ínfimo motivo para ir em massa aos estádios, acreditar numa virada improvável, empurrar o time e escrever ela uma nova história. E o estádio cheio parece ser um dopping para os atletas rubro-negros. Não é difícil ouvirmos que a torcida do Mengão nos levou a classificações e a títulos.
Eu confesso que, apesar de rubro-negro apaixonado, sou muito mais “pé no chão”. Não são duas vitórias em sequência que me farão acreditar em uma improvável classificação para a Libertadores. Como colunista deste site, é minha obrigação ser verdadeiro com os meus leitores. Agora, se o Flamengo ganhar hoje do Vasco, ninguém segura. Deixou chegar, já era. Vou começar a ver passagens para o Marrocos em 2014. E tem mais: Se cuida, Cruzeiro!
Fonte: Falando de Flamengo