Quem diria que, em final de semana de Fla x Flu, seria um jogo contra o Goiás que concentraria as atenções da Nação Rubro Negra. A preocupação não é o Fred, mas sim o Walter; a discussão não envolve os 3 pontos, mas sim a classificação em uma semifinal de campeonato; e há cuidado para que se poupem os titulares, muitos deles contestados no decorrer do ano.
É impressionante como as coisas se alteram, as prioridades mudam e como o futebol pode ser tão imprevisível. Apesar de a Copa do Brasil ser um torneio de mata-mata, em que os elencos não fazem tanta diferença como em um campeonato de pontos corridos, os torcedores flamenguistas estavam um tanto céticos quanto à campanha do time, principalmente diante do chaveamento difícil que foi sorteado.
No entanto, a partir do confronto contra o Cruzeiro, tudo mudou. A equipe ganhou confiança, a troca de comando deu certo e o time passou a jogar um futebol simples e objetivo, sem invenções mirabolantes. Méritos para os jogadores e, principalmente, para o técnico Jayme de Almeida, que conseguiu baixar a bola das estrelas e fazer com que os jogadores atuassem de maneira coletiva.
O final de ano é promissor, pois, além de estar a apenas 3 passos de uma conquista e de participar, mais uma vez, de uma competição continental, o Flamengo pode, de uma só vez: 1) ajudar o maior devedor brasileiro a pagar sua dívida para com a sociedade, empurrando o Fluminense para mais perto da Serie B; 2) terminar um ano conturbado, que não foi dos mais tranquilos (longe disso), com um título nacional, tendo esse fato a capacidade de fazer com que a temporada seja mais produtiva que a do “rival” Botafogo, que teve um dos melhores anos de sua história recente.
Ou seja, o Mais Querido, além de ajudar a justiça a ser feita, poderá mostrar para o mundo que o que é muito bom para um clube, para nós é apenas normal. Que venha o Fla x Flu e depois o Goiás!
SRN
Gabriel Lima