Flamengo não se entende com Eike e venderá hotel à outra empresa.

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O Clube do Flamengo encontrou um novo comprador para o edifício Hilton Santos, localizado na Avenida Rui Barbosa 170, na Zona Sul do Rio. O anúncio deve ser feito em um mês, embora a negociação seja levada em sigilo. O prédio do bairro do Flamengo de 24 andares e 148 apartamentos chegou a ser parcialmente adquirido pela REX, empresa de Eike Batista para o segmento imobiliário, mas devido à instabilidade financeira do grupo X, desfez a aquisição.
Presidente da Associação de Moradores do Morro da Viúva (AMOV), Maria Thereza Sombra assegurou que as tratativas estão adiantadas. “Alexandre Wrobel me confirmou. Ligo para ele para obter informações de interesse da associação”, disse, fazendo menção ao vice-presidente de patrimônio do Flamengo. Ela não quis revelar o nome da empresa interessada. “Wrobel me pediu sigilo quanto a isto”, declarou.
NEGÓCIO DE R$ 18 MILHÕES
A empresa de Eike já havia pago R$ 18 milhões ao clube, em duas parcelas. A ex-presidente Patrícia Amorim usou metade do dinheiro para colocar salários em dia. O Flamengo tem urgência na venda, pois será anistiado em R$ 15 milhões, referente ao Imposto Predial, Territorial e Urbano (IPTU). A REX não comentou o assunto.
Outro empreendimento com as obras suspensas é o Hotel Glória, adquirido em 2008 ao custo de R$ 80 milhões. Desde a paralisação da reforma, o prédio continua exatamente como foi deixado pelos operários, há meses. Eike está negociando a venda com o fundo suíço Acron, que já assinou contrato de exclusividade na compra. O negócio gira em torno de R$ 225 milhões. Analistas afirmam que o interesse do fundo está na revenda do empreendimento.
Com obras paralisadas, professora desistiu do bairro
A professora universitária Dalia Mainon tem um apartamento na Rua do Russel. Ela pretendia morar no imóvel assim que o Hotel Glória fosse entregue, em abril de 2014. Com a suspensão das obras, desistiu. “Não há definição quanto ao local, que hoje está abandonado e gera insegurança ao bairro”, disse.
A REX também suspendeu a revitalização da Marina da Glória devido à crise financeira pela qual passa o Grupo EBX. A área acabou sendo vendida para a BRM Holding de Investimentos em negócio que envolveu a MGX Empreendimentos Imobiliários e Serviços Náuticos, também de Eike Batista.
‘Porto Açu está garantido’, diz LLX
O cronograma das obras do Porto Açu, em São João da Barra, está assegurado. A afirmação é do diretor financeiro da empresa LLX, Eugênio Figueiredo, em audiência na Assembleia Legislativa do do Rio (Alerj), ontem. “Basicamente da maneira como foi concebido”, ressaltou.
Porém, o grupo norte-americano EIG, controlador da LLX, quer alterar acordos entre a empresa e suas subsidiárias com a OSX, empresa de construção naval de Eike. Em nota, a companhia informa que “a ideia é atender aos interesses do desenvolvimento do Porto do Açu.”

Fonte: O Dia
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