Flamengo não terá déficit em 2013 e prevê aumento de receita.

Os R$ 250 cobrados pelo Flamengo no ingresso mais barato da final da Copa do Brasil são apenas a ponta do iceberg na busca incessante da diretoria por dinheiro. O clube ainda agoniza, após o pagamento de R$ 100 milhões dos R$ 750 milhões herdados de gestões anteriores. Mas o plano para investir em um time mais forte em 2014, com a Libertadores no horizonte, já começou. Ele inclui a renegociação de dívidas e penhoras para equilibrar o déficit de R$ 124 milhões no ano de 2013, e a subsequente redução de despesas de várias áreas para realocar no futebol.

— Ninguém estanca R$ 124 milhões sem renegociar. Não tem mágica. Vamos fechar no azul, pagar as contas. Ano que vem ainda temos problemas — confessa o vice de finanças Rodrigo Tostes.

Em conversa com o Extra, o dirigente fez um balanço financeiro da temporada e explicou que o foco no primeiro ano da nova administração foi aumentar as receitas para pagar dívidas, sem inviabilizar o Flamengo.

No ano que vem, a prioridade será tornar o clube mais eficiente, para concentrar investimentos em um time mais competitivo, conquistando ou não o título nacional na próxima quarta-feira.

— Vamos ter que aumentar o investimento, ganhando ou perdendo a Copa do Brasil, porque queremos um time mais forte — assegura Rodrigo Tostes.

A promessa prevê a chegada de jogadores mais caros e uma folha salarial mais gorda. Assim que assumiu, a diretoria procurou não deixar o custo do elenco aumentar, dispensando atletas e treinadores caros. Mas isso também teve um preço, com direito a brigas na Justiça, no caso de Renato Abreu.

— O grande ponto é reduzir isso a longo prazo. Mas o clube ainda não é eficiente do ponto de vista administrativo. Não tem como ser em um ano — afirma o dirigente financeiro. Agora, liberar espaço no orçamento para o futebol requer corte em outras áreas, sem comprometer o acordo fiscal com o fisco.

— No futebol não teve redução significativa, mas não teve aumento esse ano. Foi a maior economia — garante.

As receitas dos patrocinadores foram concentradas no pagamento de impostos para obtenção de certidões negativas. O futebol fez investimentos modestos, com a maioria de jogadores emprestados, e renegados se valorizando. O Maracanã virou aliado na hora certa, com o sócio-torcedor crescendo em momento decisivo. Um alento. Nada mais do que isso.

CONFIRA A ENTREVISTA COM O DIRIGENTE

O que você acha do modelo de patrocínio da Unimed no Fluminense?

– Está longe do modelo que o Flamengo quer adotar. Não passa pela nossa filosofia. O Flamengo tem força para cumprir suas dívidas sozinho.

O fair play financeiro vai chegar ao Flamengo no pagamento de salários aos jogadores?

– Tem uma série de renegociações do governo, pagando parcelamento de dívida, que as empresas cumprem. Se não cumprir tem consequências. No futebol nuca foi assim. Nunca cumpria. Se tiver responsabilidades pode funcionar, ser uma solução. Para se pagar em dia para dar um oxigênio para investir. O que o Fla fez esse ano foi uma atitude na minha visão ousada, dura, porque é uma responsabilidade de pagar 7 mi por mês de imposto, é difícil, tem que ter muita força, as discussões que vem tendo, estamos trabalhando 24/7. Redução de valor e postergar poderia estar fazendo investimento maior. O grande ponto não é quanto paga. Mas se comprometer com um tipo de dívida e cumprir. Os clubes renegociavam e num primeiro momento de risco tira dinheiro pra contratar jogador. Não vamos fazer isso.

O clube vai executar a dívida de R$ 10 milhões do Grêmio pelo Rodrigo Mendes?

– Estamos ansiosos para receber. Hoje somos um bom pagador, pois estamos em dia, e somos também um bom cobrador.

atrás vocês declararam que renegociaram 45 milhões em dívidas com bancos. Fizeram novos empréstimos? Quanto? Ainda dependem deles?

– Ninguém consegue estancar 124 milhões de déficit sem renegociar. A gente postergou as dívidas, mas esse ano fecha no azul. Vamos pagar todas o fluxo de caixa. Com novas receitas e renegociando a dívida. Não tem mágica. No ano, primariamente, vamos fechar no azul. Pagar as contas todas. Inclusive as certidões e renegociações de dívidas. Mas ano que vem ainda temos problemas. Esperamos estancar com o sócio-torcedor e novos patrocínios, receita de bilheteria na Libertadores, venda de carnês.

Fonte: Extra Globo

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