O Procon-RJ vai se reunir às 11h desta quarta-feira com a diretoria do Flamengo para discutir os preços dos ingressos do segundo jogo da final da Copa do Brasil diante do Atlético-PR, previsto para acontecer no dia 27, no Maracanã. Caso as partes não cheguem a um acordo para a diminuição dos preços das entradas, o Procon deve entrar na Justiça com uma ação civil pública, com pedido de liminar, para que a renda do confronto seja bloqueada. Além disto, o órgão poderá autuar e multar o clube da Gávea, em um valor que pode chegar a R$ 7 milhões.
– Tudo dependerá do que for decidido na reunião desta quarta-feira. Caso não haja um acordo pela diminuição dos preços dos ingressos, o Procon pode autuar e multar, em um valor que pode chegar a R$ 7 milhões. Para isto, consideramos os três últimos meses de faturamento do Flamengo para determinar com exatidão a multa. Além disto, iremos entrar na Justiça com uma ação civil pública pedindo o bloqueio da renda da partida caso insistam em realizá-la com os preços atuais – afirmou a secretária de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro, Cidinha Campos.
Na ação civil pública, o Procon também irá pedir a suspensão da venda dos ingressos pelos valores atuais, solicitará que seja estipulado um preço razoável, além de devolver o dinheiro da compra das entradas de todos os torcedores que já adquiriram os bilhetes. Na manhã desta terça-feira, o diretor de marketing do Flamengo, Fred Luz, afirmou que a diretoria não trabalha com a possibilidade em diminuir os valores dos ingressos. Cidinha Campos, ao comentar o discurso do dirigente da Gávea, disse que o princípio de tudo é a defesa do consumidor.
– O que rege é a defesa do consumidor, recebemos muitas reclamações desde que os valores foram divulgados. O Flamengo faz o que quer e nós fazemos o que for possível para que estes preços não sejam praticados e o consumidor, consequentemente, não seja prejudicado. Os valores cobrados nos moldes atuais estão além do aceitável e todo mundo entende isto, menos a diretoria do Flamengo – concluiu a secretária.
Fonte: Lancenet