A semana foi tão conturbada que o futebol ficou em segundo plano no Flamengo. Toda a polêmica envolvendo o preço dos ingressos, aliada à tentativa de intervenção do Poder Público na política rubro-negra, via Procon, fez com que pouco fosse falado sobre a rodada do Campeonato Brasileiro.
É bem verdade que o que nos interessa é a grande final da Copa do Brasil, mas não há como deixar de se pontuar a displicência com que o time jogou contra o São Paulo. Sem vontade, sem raça, com a cabeça longe. Se for para o time entrar com força máxima, mas se poupar em campo, é melhor colocar uma equipe inteira de reservas, pois eles, pelo menos, tentarão mostrar serviço. Amanhã, contra o Grêmio, apesar de não valer muita coisa em termos de colocação, espera-se, no mínimo, outra postura.
Na próxima quarta-feira, teremos pela frente o jogo mais importante do ano. Parece clichê, mas é a grande realidade. O jogo do dia 20 é mais importante que o da volta, no dia 27. Se não fizermos um resultado decente, que nos dê chance de brigar aqui no Maracanã, a guerra pelos ingressos poderá ser em vão. Fazer um bom resultado no Paraná nunca foi tarefa fácil para o Flamengo, contudo, conseguimos obter uma grande vitória contra o Coritiba neste Brasileiro. Agora, chegou a hora de fazermos um bom resultado contra o Atlético-PR.
Assim como na semifinal contra o Goiás, o resultado do jogo de ida será decisivo, pois nos dirá qual a postura tática a ser adotada. Um bom resultado no Sul fará com que o Atlético-PR tenha que sair para o jogo no Maracanã e isso será muito útil ao Flamengo, que poderá explorar os contra-ataques e aproveitar a velocidade de Elias e Luiz Antônio na saída de bola e de Paulinho, lá na frente.
Somado a tudo isso, teremos também o fator torcida. O Flamengo esse ano foi verdadeiramente um time copeiro, que soube explorar os jogos em casa e tirar proveito da massa que o empurra. A Nação Rubro-Negra vem dando show até agora e, no segundo jogo da final, poderá ser coroada com título tido como improvável, mas que só mostrará o fortalecimento da relação time-arquibancada, pois, nos piores momentos, a torcida estava presente. Por isso, nada melhor do que ela estar junta na hora da conquista.
SRN
Gabriel Lima