Falta de ritmo, de entrosamento e o peso de uma estreia. Apesar de terem atrapalhado o desempenho do Flamengo no jogo diante do Duque de Caxias, estes fatores negativos não esconderam as diferenças da equipe campeã da Copa do Brasil para o time que hoje é tido como titular por Jayme de Almeida. Mesmo com a base do fim de 2013 mantida, as duas trocas no meio de campo rubro-negro foram suficientes para que o Fla atuasse de uma maneira distinta no sábado.
Com Elano e Muralha nas vagas de Luiz Antonio e Elias, respectivamente, o time, de certa forma, demonstrou mais lentidão na transição da defesa para o ataque.
Sem querer fazer uma análise comparativa sobre as mudanças no meio de campo, Jayme de Almeida admitiu ter gostado da estreia de Elano. De acordo com o treinador, o meia, que acabou atuando como segundo volante, foi bem enquanto teve condições físicas.
– O Elano é um jogador que chegou há pouco tempo, mas, já no primeiro treinamento, demonstrou muita qualidade. Ele se entrosou bem com a equipe. Acho que, enquanto ele teve fôlego, conseguiu ser produtivo. Tirei ele de campo após ter sofrido uma pancada – opinou o técnico, que substituiu Elano aos 19 minutos do segundo tempo.
Se Elano demonstrou cansaço na segunda etapa, com Carlos Eduardo não foi diferente. Mais centralizado, como um meia-armador, o jogador, assim como em 2013, foi vítima de vaias da torcida rubro-negra. Jayme, que o substituiu aos 19 minutos do segundo tempo, minimizou a reclamação vinda da arquibancada.
– A torcida escolheu alguém para pegar no pé, pois o time estava perdendo o jogo. Isso é normal – salientou o treinador.
Confira a análise tática de André Rocha
Flamengo da Copa Brasil
O Flamengo campeão da Copa do Brasil, armado no 4-4-2, contava com o dinamismo de Elias e Luiz Antonio no meio-campo para fazer a bola chegar com rapidez e qualidade ao artilheiro Hernane. O jovem volante também ajudava Léo Moura pela direita, no apoio e na marcação. André Santos e Paulinho formavam ala esquerda eficiente – um pensa, o outro corre. As soluções de Jayme de Almeida compensavam a inércia de Carlos Eduardo, que foi adiantado como um segundo atacante para não desacelerar a transição ofensiva rubro-negra.
Estreia dos titulares
Na estreia dos titulares pelo Carioca 2014, o time foi lento. Pela curta pré-temporada e a natural falta de ritmo de jogo, mas não só isso. Com Elano e Muralha, o meio-campo pode ganhar qualidade no passe quando melhorar o entrosamento. Mas perde velocidade. Com Paulinho fora de forma e Carlos Eduardo ainda sem sintonia, Hernane teve que circular na frente e o time dependeu ainda mais do apoio de Léo Moura. Com o gol olímpico e o recuo do Duque de Caxias para jogar nos contragolpes, a equipe ficou ansiosa e passou a errar passes fáceis, perdendo o pouco que tinha de fluência ofensiva.
Fonte: Lancenet