Há sete anos sem visitar o Eduardo Guinle, o Flamengo reencontrará nesta terça, às 17h, contra o Friburguense, um local que não traz boas lembranças: estádio acanhado, torcida próxima do campo e gramado ruim. Adversidades que, se não motivam, ao menos servem como teste para o que virá pela frente na Copa Libertadores da América.
— Se formos entrar sempre pensando que o campo vai ser como o Maracanã fica difícil. Temos que encarar as dificuldades e passar por cima delas — disse Amaral.
É neste cenário que o técnico Jayme de Almeida seguirá na missão de dar ritmo de jogo aos titulares. A quatro jogos da estreia na Libertadores, ele repetirá a escalação que não se saiu bem contra o Duque de Caxias.
— O time não entrou tão mal assim. Nós tivemos chances de gol no primeiro tempo antes deles. Mas é do futebol: quem não faz leva. Acho que a equipe vai melhorar de produção a partir desta segunda partida — defendeu Amaral.
A última vez que o Flamengo jogou no Eduardo Guinle foi em 2007. Na ocasião, venceu por 2 a 1 em duelo que também serviu como preparativo para a estreia na Libertadores. Uma partida tranquila se comparada com as passagens do time pela cidade em 1998 (quando Romário machucou a coxa e foi cortado da Copa) e em 1999 (ano da briga generalizada entre os times). Uma armadilha em forma de estádio.
— Claro que não vão ser todos os jogos no Maracanã e nós estamos cientes disso. Se é ruim para o Flamengo é ruim também para eles. Independentemente dos problemas, do gramado não ser bom, nós estamos trabalhando para que as coisas aconteçam — disse o lateral-esquerdo André Santos, que já provou das vaias da torcida em sua primeira atuação no ano.
— Após uma pré-temporada de três semanas, eu realmente senti falta de ritmo de jogo. Mas eu me conheço, sei do meu potencial e o que posso atingir.
Além de ritmo, as próximas rodadas servirão para os jogadores se acostumarem com as dificuldades dos estádios da Libertadores. Depois do Eduardo Guinle, o time jogará em Volta Redonda, no domingo; e em Moça Bonita, daqui a uma semana. Ninguém falou que seria fácil.
Fonte: Extra Globo