O Bordeaux começou mal a temporada, chegando a estar na parte de baixo da tabela do Campeonato Francês, mas se recuperou. Está agora na sétima posição, e tem uma prova de fogo nesta sexta, em jogo pelo 21ª rodada às 17h30 (de Brasília). Pega o Paris Saint-Germain, líder e favorito a levar o bi. Henrique, brazuca do Bordeaux, exalta poder ofensivo dos rivais, comandado por Ibrahimovic e Cavani.
– Difícil né (risos). Mas estamos acostumados, é um elenco forte e grande. Quando cansa já tem outro muito bom para entrar. Mesmo acostumados, a gente sabe que será uma pedreira. Mas a gente espera fazer um bom jogo – disse em entrevista ao LANCE!Net, para depois também elogiar os três zagueiros brasileiros do PSG:
– O Thiago Silva dispensa comentários… Um dos melhores zagueiros do mundo, capitão da Seleção Brasileira. O Alex tem uma carreira muito bonita na Europa, no Chelsea, no PSG com muitos jogos bons. E o Marquinhos que é um jovem com muito potencial, que eles contrataram com um projeto de ser o melhor time do mundo por vários anos, então tem jovens com margem de progressão grande. Vai ser um dos melhores do mundo.
Totalmente identificado com o Bordeaux, Henrique ganhou seis títulos desde que chegou em 2005, depois de deixar o Flamengo, incluindo um Campeonato Francês e uma Copa da França. Mas nesta temporada, o time começou mal. Mas ele tenta explicar como a equipe se reergue.
– O que aconteceu foi que alguns jogadores, que na época do mercado, tinham o desejo de sair, alguns saíram, e ficavam na dúvida. Acabou que a equipe não fez os esforços necessários para ganhar os jogos. Depois que a janela fechou, nós nos juntamos, vimos que a situação estava difícil, e mesmo com jogos difíceis logo, como PSG, Monaco, Saint-Etienne fora, conversamos que a janela tinha fechado, e quem ficou deveria ter vontade, nós começamos a ganhar.
Depois de quase 10 anos de Bordeaux, a identificação já é completa? Como é a relação com diretoria e torcida?
Melhor impossível. Eu falo sempre para os meus amigos que a minha vinda para cá foi uma graça de Deus. Pude vir para um clube que vinha de uma temporada difícil, quase caiu, cheguei com o Ricardo Gomes, fomos logo vice-campeões. Eu lembro que quando cheguei que disse que queria ser campeão, e acabei ganhando tudo aqui. A minha identificação é grande, quando falam do Bordeaux, já falam do Henrique, e quando falam do Henrique, falam do Bordeaux. Minha família está adaptada, meus filhos amam a cidade. Tenho relação ótima com torcida, diretoria, todos.
Como você vê a chegada de magnatas em clubes como PSG, Monaco e Lens?
Algumas pessoas falam que foi ruim para o campeonato, mas para mim foi a melhor coisa. O Francês sempre teve bons jogadores, mas acabavam indo para outras ligas para ficarem mais conhecidos, como Ribéry, Nasri, Hazard… Hoje não é assim, olham para cá com outros olhos, tem evoluído bastante. E tenho certeza que em dois ou três anos será a melhor liga do mundo. Tem também o Lens que tem um bilionário por trás, e tem tudo para ser um grande nome.
Até aonde a França pode ir na Copa do Mundo?
Acredito que vai mais para disputar. O título seria muito difícil, não tem aquela seleão com muita união, para uma Copa, precisa disso. A seleção já passou por umas fases difíceis, alguns falam que é má formação dos jovens. Mesmo com bons valores individuais, acho que não vai longe.
Pensa em um retorno para o Brasil?
Contato, em janeiro, sempre tem uma sondagem ou outra. Mas para voltar o Brasil… A gente nunca pode falar nunca, mas estou muito adaptado, minha esposa e meus filhos adoram aqui. Claro que se for uma proposta interessante, em que eu possa disputar uma Libertadores para ganhar, aí eu poderia pensar. Mas até agora, as coisas que surgiram, foram coisas que não me motivaram muito.
Fonte: Lancenet