Apresentado ao torcedor do Flamengo no segundo semestre de 2013, o projeto Anjo da Guarda teve seus primeiros números divulgados pelo clube. Em 63 dias de campanha, entre os dias 26 de outubro e 27 de dezembro, o Rubro-Negro arrecadou com seus torcedores R$ 1.182.804,40. O projeto tem como objetivo fazer com que o flamenguista doe parte do seu imposto de renda devido direto para os esportes olímpicos do clube. Ao todo foram quatro opções de doações, que contemplaram todas as modalidades olímpicas do time da Gávea. De acordo com os dados, 85% das doações foram acima de R$ 1 mil (6% do imposto de renda devido).
Ao todo, o clube gerou 1.364 boletos entre os seus torcedores, com 822 participantes únicos. Do total, 287 boletos não foram pagos, com 21% de desistência. A arrecadação, porém, representou a maior ação pulverizada de apoio ao esporte olímpico da história da lei de incentivo ao esporte e também a maior arrecadação conjunta de pessoas físicas em suporte ao esporte olímpico brasileiro, segundo dados do clube.
O projeto capitaneado pelo basquete, com doações também para o vôlei, o futsal e o tênis recebeu ao todo R$ 602.348,18 mil (51%). Já os esportes terrestres, o judô e a ginástica tiveram doações de R$ 203.591,59 mil (17%). A natação, o polo aquático e o nado sincronizaram receberam R$ 168.839,27 mil (14%) e o remo e a canoagem tiveram doações no valor de R$ 208.025,36 mil (18%).
O estudo rubro-negro também apresentou a média de valores doados pelo torcedores, abatidos dos seus impostos de renda. Dos 822 doadores, 40% doaram acima de R$ 5 mil (5%), e 250 doaram valores entre R$ 1 mil e R$ 4,9 mil (35%). Os números também mostram que 37,47% das doações vieram na última semana da campanha.
Os estados brasileiros também foram identificados pelo Flamengo. Foram 25 ao todo. O Rio de Janeiro teve o maior número de participantes com 520 doadores (R$ 658.310,46). O Distrito Federal vem em seguida com 73 doadores (R$46.630,13). São Paulo, com 48 (299.403,30), Espírito Santo, com 41 (R$ 93.633,77), Minas Gerais, com 37 (R$ 26.495,21), e Santa Catarina, com 21 (R$ 11.125,21), fecham a conta dos seis primeiros.
Apoio de empresas
Os números do Flamengo também mostram 131 empresas visitadas, com 11 aportando recursos e dez em fase de estudo. R$ 2 milhões foram captados para projetos de imposto de renda e R$ 14,3 milhões para projetos de ICMS. Os projetos do judô e da ginástica atingiram os 20% mínimos atingidos e entrarão em execução. Outros, como dos esportes terrestres de base (basquete, vôlei, futsal e tênis), estão próximos de chegar aos 20%.
Os esportes aquáticos, em cima de projetos de imposto de renda, também estão perto da marca mínima de 20, assim como o remo. O projeto de construção do CT de base para o futebol, em Vargem Grande, está em aprovação em Brasília. O basquete adulto arrecadou R$ 8,3 milhões, chegando ao teto. O projeto do CT do futebol profissional captou até janeiro R$ 6 milhões, e o projeto entrará em execução. A reconstrução do Parque aquático da Gávea está em fase de aprovação pelo Governo Estadual do Rio de Janeiro, assim como a construção de uma academia para os atletas olímpicos e a aquisição de flotilha de remo.
Com as certidões negativas de débito mantidas, o clube espera tirar proveito dos R$ 220 milhões vindos de recursos do SICONV, projeto do Ministério dos Esportes, em projetos a serem aprovados, assim como parte dos R$ 140 milhões dos projetos ligado a Lei Pelé para 2014. As obras do Comitê Olímpico dos EUA, na Gávea, terão início este ano.
Fonte: GE