A tabela mostrava o oitavo colocado enfrentando o líder do NBB, vindo de dez vitórias seguidas e, ainda por cima, jogando em casa, em um Tijuca com um grande público. Indiferente a tudo isto, o Palmeiras veio ao Rio e incomodou o Flamengo durante os 40 minutos. O bom basquete dos paulistas fez com que o Alviverde conseguisse o que há mais de um mês ninguém conseguia: ir para o vestiário vencendo (39 a 37). Mas, no fim, o Rubro-Negro fez valer seu elenco mais recheado e conquistou sua décima primeira vitória consecutiva na competição, com atuações destacadas para Marcelinho e Olivinha, por 84 a 76.
Na próxima rodada, o Flamengo terá o Pinheiros pela frente. O clássico será no sábado, às 19h15m, novamente no Tijuca, com transmissão do SporTV. Já o Palmeiras permanece no estado do Rio de Janeiro, onde enfrenta, no mesmo dia, o Macaé, às 19h, no ginásio Juquinha.
O JOGO
Empurrado pela torcida, o Flamengo começou o jogo impondo seu ritmo e mostrando porque era considerado o favorito. Com grande atuação da dupla Marcelinho/Olivinha, os rubro-negros logo abriram 10 a 2, forçando o irritado técnico Betão a parar a partida e dar uma sonora bronca no trio Átila dos Santos, Tyrone Curnell e Fabrício. A chamada de atenção funcionou e os visitantes voltaram mais ligados e encostaram no placar, graças a mão afiada de Neto, responsável pela diferença pequena a favor dos donos da casa ao final do período (24 a 19).
Com outra postura, o Palmeiras voltou para o segundo quarto querendo mostrar que poderia interromper as dez vitórias consecutivas dos cariocas. Com uma atuação destacada de Neto, os paulistas aproveitaram os sucessivos erros de ataque do Flamengo e viraram o placar com um gancho de Átila dos Santos, restando pouco mais de sete minutos. O Rubro-Negro continuava queimando seus arremessos e viu o marcador subir para 29 a 24. Vendo o mau momento, a torcida passou a cantar mais alto e inflamou de vez após duas bolas de três consecutivas, uma de Laprovittola e outra de Marquinhos, cortando o revés para um. Quando parecia que a liderança voltaria para o clube da Gávea, Neto, novamente ele, aumentou a frente. No fim, os palmeirenses foram para o intervalo vencendo por 39 a 37. Já com o cronômetro estourado, Tyrone Curnell e Gegê se estranharam e tiveram que ser contidos pelos demais companheiros.
Intervalo tenso para presidente Eduardo Bandeira de Mello
Durante os 15 minutos de intervalo, uma quantidade de torcedores significativa foi até o local onde estava o presidente Eduardo Bandeira de Mello cobrando por ingressos mais baratos. Sozinho, o mandatário tentou dialogar com os apaixonados em vão e teve que se sentar e ouvir os cânticos “Mãos para o alto, este ingresso é um assalto” e “Bandeira fala para mim como é ser fantoche do Wallim”.
Confronto permanece equilibrado até o fim
O terceiro quarto começou com o Flamengo voltando a comandar o placar com uma cesta de três de Marcelinho e uma de dois de Meyinsse. Porém, os visitantes continuavam a responder na mesma moeda, não deixando os cariocas abrirem. O Rubro-Negro só conseguiu uma folga após duas cestas consecutivas de Olivinha, sendo a segunda na base da pura raça, fazendo o técnico José Neto vibrar muito, batendo no braço em sinal de raça. Naquele momento, a vantagem era de oito pontos para os cariocas. Mas não durou muito. Com uma boa defesa e três ataques rápidos, os palmeirenses baixaram a vantagem para dois. No sufoco, o Flamengo recorreu a Marcelinho, que correspondeu e ajudou a equipe a fechar o período com seis de frente (64 a 58).
O equilíbrio do todo o jogo permaneceu na quadra nos minutos iniciais. Querendo tirar a desvantagem, o Palmeiras passou a arriscar mais, às vezes de maneira precipitada, e com isso, começou a errar alguns ataques. Melhor para o Flamengo, que conseguiu colocar 11 pontos de frente. Brioso, o time paulista não jogava a toalha e chegou a diminuir a diferença. Mas no fim, o que valeu foi a maior experiência e rodagem dos rubro-negros, que conseguiram chegar a uma, literalmente, suada décima primeira vitória no NBB.
Fonte: GE