Em um campeonato condenado a se arrastar ao longo de 15 rodadas com inúmeras peladas valendo nada a maior certeza que podemos ter é que ele vai demorar pra acabar. Enquanto o Mengão não começa a disputar a Libertadores, que é a única coisa que nos interessa no primeiro semestre, vamos empurrado com a barriga os compromissos assumidos com a douta e proba federação estadual e a plêiade de timinhos parasitários da qual o Flamengo é hospedeiro compulsório.
De um Flamengo x Friburguense jogado à luz do dia de uma quarta-feira escaldante na Serra não se podia esperar mesmo muita coisa. Mas, por mais café com leite que seja o nosso adversário, todo jogo é uma oportunidade pra entrosar os recém chegados à equipe, buscar dar ritmo e velocidade a quem ainda mal se conhece. Esses jogadores do Flamengo precisam jogar junto, ganhar intimidade para descobrir seus pontos fortes e suas fraquezas. É só assim que eles poderão vir a ser, um dia, um time.
O Friburguense respeita o Flamengo, sabe o que representamos e, principalmente, sabe que nos enfrentar é o ponto alto do seu calendário esportivo. Por isso entraram em campo cheios de seriedade e disposição, muito a fim de aprontar. Mas como o desnível técnico entre as duas equipes é imenso ficaram só na intenção. Melhor pro Mengão que arrumou os 3 pontos e retornou à liderança do rural. Quanta emoção!
Samir e Elano, que jogaram bem e marcaram seus gols foram destaques positivos. Carlos Eduardo, mais uma vez, foi destaque negativo. Mantendo a regularidade, Cadu mais uma vez se arrastou em campo, não ganhou uma disputa de bola e saiu de campo muito justamente vaiado. Nada justifica a insistência do Jayme com esse cara, um prega-presa irrecuperável que não tem força ou vontade nem mesmo pra chupar o sangue dos companheiros. Um encosto.
Quem se beneficia é o peladeiro baiano Gabriel. Entrando mais uma vez no lugar do exangue Cadu, Gabriel se movimentou muito bem e, ao contrário do ano passado, tem dado sorte nas conclusões. Com a bola que o baiano tem jogado é ruim dele não integrar o grupo que vai fazer a América. Se depender do Carlos Eduardo Gabriel pode dormir tranquilão que a vaga é dele. Agora chega de particularizar, falemos do coletivo.
Aos pouco o time do Flamengo vai mostrando evolução. Ainda chega muito timidamente no ataque, mas desde que o Carioca começou tem mostrado algumas melhoras, notadamente na firmeza da proteção à cozinha. A velocidade na saída de bola da defesa pro ataque ainda não é ideal e continuamos com pouca variação de jogadas. As mais perigosas são os avanços de Leo Moura e André Santos pelas laterais. São mais manjadas do que andar pra frente, mas até agora é só o que temos no estoque. Precisamos inventar coisas novas, Jayme. Novas e boas.
Enfim, 2 x 0, liderança… nada além da obrigação. Tá cada vez mais difícil se interessar pelo carioqueta. Que venha logo a Libertadores.
Fonte: Urublog