O assédio milionário do exterior não foi suficiente para tirar Hernane do Flamengo. Após mais de cinco semanas de uma negociação arrastada, o Rubro-negro venceu a disputa com o Al Jazira, dos Emirados Árabes, e conseguiu manter o artilheiro em seu elenco para a temporada 2014. Com demora em respostas e sempre solicitando um aumento das ofertas da equipe asiática, o clube da Gávea apostou em um “jogo duro” nas conversas e fez com que os árabes desistissem da ideia de levar o Brocador.
Sem tempo e paciência para uma nova rodada de negociações com o Flamengo, o Al Jazira buscou outras opções no mercado, fechou com o equatoriano Caicedo e acabou selando a permanência do Hernane na Gávea.
Com o Brocador mantido e a chegada de Alecsandro, apresentado na quarta, o Flamengo viu seu ataque praticamente resolvido e agora volta suas atenções para a contratação de pelo menos dois meias. A intenção é repor a iminente perda de Elias, além de buscar um reforço para a posição de ligação com o ataque. O argentino Lucas Mugni e outros nomes sul-americanos são observados.
Clube nega proposta
Oficialmente, o Flamengo não fala em jogo duro para segurar Hernane e diz apenas que não aceitou os valores iniciais – R$ 9,6 milhões (três milhões de euros), oferecidos no começo de dezembro. O clube ressalta ainda que não recebeu em nenhum momento a oferta de R$ 19,2 milhões (seis milhões de euros) de maneira oficial e que não poderia negociar sem um papel registrando tal montante.
De fato, o Al Jazira não enviou uma carta timbrada com o valor, mas informou ao Flamengo que este seria o limite de uma proposta por Hernane. Em um primeiro momento, o Rubro-negro aceitou. No entanto, só fecharia o negócio com um pagamento à vista. Sem acordo sobre a maneira como ocorreria o depósito, o negócio se arrastou e acabou não ocorrendo.
No treino da última quarta, o técnico Jayme de Almeida parecia já saber do desfecho das conversas. Alheio à negociação, ele escalou Hernane no time titular, orientou o atacante diversas vezes e não deu nenhum sinal de uma possível saída.
Fonte: UOL