Para desatar os nós no Brasileirão criados pelas ações de torcedores na Justiça comum para que a Portuguesa não cumpra a decisão aplicada pelo STJD, perdendo quatro pontos na Série A-2013 e, como consequência, seja rebaixada à Série B-2014, a CBF está tentando repetir a estratégia usada para “calar” o Rio Branco-AC em 2011.
A entidade, segundo a De Prima, está se aproveitando de um pedido de empréstimo da Lusa de R$ 4 milhões, para, em troca, fazer com que o time paulista renuncie ao direito de permanecer na Série A, caso a ação impetrada por algum torcedor seja favorável à invalidação da pena do STJD.
O acordo que a CBF fez com o Rio Branco não envolveu dinheiro, diretamente. Mas a entidade garantiu ao clube, que na época entrou com ações no Tribunal de Justiça do Acre para usar a Arena da Floresta, a permanência na Série C de 2012, mesmo tendo sido anteriormente excluído pela entidade por acionar a Justiça Comum sem esgotar a esfera desportiva.
No primeiro momento, o acordo teve sucesso, já que o Rio Branco aceitou e desistiu do processo. A questão é que o entendimento extrajudicial entre as partes, que também teve assinatura do STJD, foi o estopim para outra confusão nos tribunais, que envolveu o Treze. O imbróglio paralisou as Séries C e D e, ao fim das contas, o time paraibano conseguiu vaga na Terceirona de 2012, tirando o Rio Branco. No ano seguinte, o time do Acre conseguiu voltar à Série C e a competição teve 21 participantes.
Como resquício dessa história, o Cianorte acionou a Justiça comum no dia 8 de janeiro e já conseguiu uma liminar a seu favor para entrar na Série C-2014, argumentando que o critério de acesso, que envolveu o quinto colocado da Série D (o Treze, em 2011), deve ser mantido por dois anos seguidos.
Ou seja, o acordo de 2011 trouxe mais dores de cabeça à CBF do que a entidade imaginava. Os efeitos colaterais estão aí até hoje.
Fonte: Lancenet