É um tal de entrosamento que não vem, uma segurança que deixou de existir, uma incerteza que começou a incomodar… O ano prometia muitas alegrias a nós, Rubro-Negros. Saímos de 2013 com a moral em alta carregando um título que muitos no começo do ano achavam improvável conseguir; um título que moldou um time principal, de respeito, com jogadores que executavam suas funções com comprometimento e raça; um técnico que nasceu da nossa maior derrota e um planejamento promissor. Mas eis que após a festa de Réveillon, aquela ressaca teima em não nos deixar.
Voltamos a trabalhar, a estudar, mas parece que a alegria e a emoção que sentíamos ao ir aos estádios para assistir nosso time em campo, ainda são resquícios daquilo que eles nos fizeram sentir num passado recente. Muitos dos jogadores que nos surpreenderam na campanha memorável da copa do Brasil e reta final do Brasileiro, voltaram esse ano, irreconhecíveis, tanto pelo surpreendente mau caráter, no caso de nosso menino da casa, Luíz Antônio, tanto pela completa dispersão dos gramados como nos casos de Paulinho, grande destaque da temporada passada e André Santos que retornou o dobro do tamanho.
E pra piorar, quando se achava que tudo ainda podia ser empurrado com a barriga por mais um tempo, perdemos um jogo bobo pra time pequeno, temos uma estreia decepcionante na liberta e ganhamos um clássico em cima do nosso maior freguês, sem convencer.
O ambiente é um tanto decepcionante pra quem mirava grandes expectativas, mas nada tão aterrador a ponto de perdê-las. Eu ainda acredito numa grande campanha do time nesta temporada, eu só espero, como muitos de vocês também devem esperar, que essa temporada comece logo. Até por que não teremos tanto tempo assim pra curtir os créditos do ano anterior. A libertadores está aí, e o foco é ganhá-la. E se a nossa cultura é a grã responsável por um Flamengo que ainda não encantou em 2014. Então que o ano comece depois do carnaval, mas comece de uma vez, antes que seja tarde demais.
Por: Reinaldo Rodrigues.