Não começou bem para muita gente, inclusive alguns clubes de futebol, esse último final de semana. A edição do jornal O Estado de S.Paulo de sábado, com base em documentos internos do, divulgou que o Banco Central vai para a Justiça cobrar um grupo de empresas, pessoas físicas e clubes de futebol que, juntos, devem quase 40 bilhões de reais em multas não pagas.
Dessa dinheirama toda, mais da metade é devida por apenas 126 empresas e pessoas físicas, num total de 24,2 bilhões de reais. Considerando esses números, a parte dos 12 clubes presentes na lista é pequena, não chega a três décimos de 1% do total devido: 109,2 milhões de reais.
Considerando o “pacote” estimado das dívidas dos clubes com o Estado (IR,INSS, COFINS, PIS), cujo total está em cerca de 4 bilhões de reais, o valor continua sendo pequeno: 2,7%. Esse é o número com que parlamentares vêm trabalhando nas negociações para implementar o Proforte. O problema está menos no total e mais no fato de ser mais um valor a se somar aos já existentes, com indicações de que a somatória não para por aqui, num verdadeiro poço sem fundo. Segundo informações da Câmara, o ano de 2013 terminou sem que os deputados tivessem recebido a posição dos clubes em relação ao FGTS.
Nesse início de temporada, depois da gastança festiva de 2012 e 2013, principalmente, os clubes parecem ter colocado um pé no freio, mas é cedo, ainda, para dizer que estejam entrando numa fase de controle de custos e despesas. O Proforte continua no horizonte e é o objeto de desejo de todos eles, com mais força, obviamente, dos grandes devedores, pois, apesar dos clubes e do deputado que tem a autoria do projeto contestarem com veemência a designação de “perdão” para o objetivo do projeto, perdão das dívidas é o vocábulo correto, é o real significado do Proforte.
Fonte: Crônica Esportiva