Rodrigo Saraiva Castanheira foi quarto árbitro na primeira rodada do campeonato carioca em Madureira x Fluminense. Em Fluminense x Bonsucesso, na segunda, atuou como auxiliar atrás da linha de fundo. Na terceira fez o mesmo papel em Cabofriense x Botafogo. Na quarta rodada, Castanheira foi escalado como árbitro reserva em Duque de Caxias x Bonsucesso, mesma função que exerceu na quinta, em Bangu x Fluminense.
Na sexta ele voltou a ser o segundo auxiliar atrás da meta em Duque de Caxias x Madureira e na sétima trabalhou como quarto árbitro em Madureira x Cabofriense. Finalmente, na número oito, no seu primeiro clássico na temporada 2014, em Vasco e Flamengo ficou atrás da linha de fundo pela quarta vez em oito rodadas. Virou personagem do fim de semana.
Castanheira não viu a bola ultrapassar, e muito, a linha na cobrança de falta de Douglas. Seria o primeiro gol do Vasco sobre o Flamengo. Seu erro colocou na berlinda a arbitragem capitaneada por Eduardo Cordeiro Guimarães. Para piorar as coisas (para o lado do assistente, claro), Leonardo Garcia Cavaleiro acertou ao sinalizar gol em outra cobrança de falta, de Elano, no primeiro tempo do Flamengo!
O erro foi enorme. Torcedores, fanáticos em geral, logo concluíram que houve má fé, má vontade, algo contra os vascaínos ou a favor dos rubro-negros. Não se acusa sem provas. Mas afirmar que ele errou não é questão de opinião, mas sim mera constatação. Sua falha coloca em discussão algo maior: o que Rodrigo Saraiva Castanheira fazia ali? Para que esse auxiliar perto do gol?
Era lance de bola parada, seu posicionamento era ótimo, correto, então como ele não viu a bola ultrapassar a linha fatal? Distração, falta de concentração, incompetência, insegurança… Cada um de nós encontrará uma explicação, talvez todas sejam apenas deduções equivocadas. A grande questão é: se não foi capaz de ver que a pelota passou da linha, entrou, que foi gol, o que estaria fazendo Castanheiras atrás da meta do Flamengo?
PS: Corinthians há seis jogos sem vencer. “Reconstrução” do time sob a batuta de Mano Menezes parece mais complicada do que a reconstrução da Arena da Baixada para a Copa do Mundo.
Fonte: Blog do Mauro Cezar Pereira