Alecsandro marcou dois gols na vitória do Flamengo sobre o Cabofriense por 5 a 3, neste domingo, no jogo marcado pela entrega da Taça Guanabara, na última rodada da primeira fase do Carioca. Com isso, o atacante chegou a nove gols, alcançando a vice-artilharia da competição (Edmílson, do Vasco, tem dez). Apesar dos números, o atacante está na reserva do Fla e admite não gostar da situação, embora evite reclamar em público. Alecgol, como é chamado, revelou que respeita a opção do treinador Jayme de Almeida e que nunca faltará com empenho. O jogador acredita que seu comportamento é questão de caráter.
– É uma situação nova. Não sou talismã, nunca quis e nem pretendo ser. Quero sempre jogar, quero ser titular. Se, na opção do treinador, eu tiver que ser reserva ou em alguns momentos tiver que esperar para jogar, vou ser sempre esse profissional que sempre fui. Vou treinar bastante, vou me empenhar bastante, vou respeitar a opção do treinador. Mas largar, deixar de treinar, deixar de incentivar o grupo, deixar de ser um dos líderes da equipe, isso tudo nunca vou conseguir fazer. Isso é muito de caráter – afirmou.
O atacante rubro-negro garante que não reclamar em público não significa que esteja satisfeito com a condição de reserva.
– Não reclamar não quer dizer que eu estou confortável no banco, ou gostando da situação. O jogador que gosta de ficar no banco, para mim não serve. Jogador tem que querer jogar – disse.
Antes de chegar ao Ninho do Urubu, Alecsandro defendeu o Atlético-MG em 2013. E, embora tenha ficado a maior parte do tempo fazendo sombra ao companheiro Jô, teve a oportunidade de ser utilizado na final da Taça Libertadores. Após perder para o Olimpia, no Paraguai, por 2 a 0, o Galo conseguiu vencer pelo mesmo placar no Independência, levando a decisão para os pênaltis. Na vitória por 4 a 3, a primeira cobrança convertida foi a de Alecsandro.
– No Galo, Jô foi para seleção brasileira e eu fiquei praticamente um ano no banco, entrando em alguns jogos, fazendo gol, podendo jogar final de Libertadores. Agora no Flamengo também foi mais ou menos dessa maneira – relembrou.
Alecsandro já passou também por Vitória, Sport, Ponte Preta, Cruzeiro, Internacional e Vasco. No exterior, jogou por Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, e Sporting, de Portugal. No Flamengo, foi a opção da diretoria no início deste ano para reforçar o elenco e ser o possível substituto no caso de Hernane deixar o clube. O que acabou não acontecendo. E que colaborou para sua permanência na reserva.
– Foi bom para o grupo, porque (o Hernane) é um grande jogador, faz muito gol, foi o melhor atacante (no futebol brasileiro) no ano passado – comentou Alecsandro.
Fonte: SporTV