Os rubro-negros venceram a Taça Guanabara, fase preliminar às semifinais do Estadual, e vivem situação difícil na Libertadores com a derrota de 1 a 0 para o Bolívar, na noite passada, em La Paz.
Os alvinegros estão fora da disputa do título que lhe valeria o bi estadual, mas navega em águas claras na Libertadores, líder que é do Grupo 2, depois do 1 a 0 sobre o Independiente del Valle, na quarta-feira, no Rio.
Pelo o que mostraram até aqui, nenhum dos dois tem time para vencer a complicada competição sul-americana, mesmo essa, de nível tão baixo.
Falta um pouco mais de talento, de rodagem coletiva, de autoconfiança.
O Flamengo terminou 2013 com um time mediano, mas perdeu Elias e Luís Antônio, dois jogadores que se encaixaram muito bem no esquema de Jayme de Almeida, num setor que determina o equilíbrio do time.
Pior: os reforços contratados pouco puderam ajudar na Libertadores: Elano, Alecsandro, Mugni, Erazo e Feijão pouco acrescentaram.
Em suma, não se reforçou _ Elano convive com problemas físicos, Alecsandro é titular do banco e os três outros fazem figuração.
Conseguiu, se muito, repor parte da qualidade perdida, ganhando algumas opções para trabalhar ao longo do tempo…
E o Botafogo?
O Botafogo, que chegou a Libertadores sob a batuta de Osvaldo de Oliveira, com Seedorf, Rafael Marques e Vitinho empurrando o time, sustenta-se única e exclusivamente na força do inconsciente coletivo.
O grupo hoje comandado pelo pouco conhecido Eduardo Húngaro ainda não tem um formato definido e move-se ainda meio capenga,
Ora aposta em Jorge Vágner, ora acredita em Walisson e ora põe fé nas jogadas aérea com “el tanque” Ferreyra.
Sofre um pouco nos jogos fora de casa (perdeu dois e empatou um), mas faz o serviço em casa empurrado pelo grito de sua torcida.
Pode até ser que Flamengo e Botafogo me surpreendam, encorpando na medida em que conseguirem avançar na Libertadores.
Mas, acho pouco provável;
O muito que os dois mostraram até aqui é pouco para se chegar ao topo.
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira