Só um milagre permitirá a classificação do Flamengo para a próxima fase da Libertadores. Para que isso aconteça, terá que vencer os dois jogos que faltam: o próximo contra o Emelec, no Equador, e o último, diante do Leon, líder do grupo, no Maracanã.
Se no jogo da semana passada, contra o mesmo Bolívar, no Maracanã, uma falha grotesca de Wallace permitiu o gol de empate dos visitantes; desta vez, em La Paz, quem cometeu erro grosseiro foi seu companheiro de zaga, Samir, que, logo no início da partida, escorregou num lance que era completamente seu, dentro da área e, em desespero, cometeu o pênalti que o time da casa transformou no gol de sua primeira vitória na competição.
Medíocre, como nas rodadas anteriores, o rubro-negro não teve nem poder de reação. Foi completamente dominado e, não fosse um punhado de grandes defesas de Felipe, poderia ter sofrido uma goleada humilhante. Com a absurda e inexplicável escalação de Carlos Eduardo no meio-campo (se ao nível do mar já não corria nem jogava nada, o que poderia fazer na altitude?), o Fla pouco ameaçou seriamente o gol adversário.
Apenas no final da partida, com o time da casa já fazendo o tempo passar, para garantir o resultado, os brasileiros tiveram duas oportunidades – uma com Paulinho, outro com Lucas Mugni (ambos entraram no segundo tempo, nos lugares de Gabriel e Carlos Eduardo). O goleiro quiñonez defendeu ambas.
O empate, na verdade, teria sido um prêmio altamente imerecido para (mais) uma atuação medíocre, como tem sido a tônica desta campanha do Mais Querido na competição.
Uma lástima, uma decepção completa que apenas reforça a sensação de que a conquista da Copa do Brasil, no ano passado, não passou de uma obra do acaso.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado