Desde que assumiu o Flamengo, em janeiro de 2013, a nova diretoria prometeu uma mudança de realidade no clube. Pagamento de dívidas, corte de custos e o Rubro-Negro forte novamente no cenário nacional. Pouco mais de um ano depois, modificações já são vistas na Gávea.
No futebol, as famosas “loucuras” de antigas gestões não são compactuadas pelos atuais diretores. Jogadores com altos salários e investimentos fora de controle não fazem parte da administração do presidente Eduardo Bandeira de Mello. O vice, Wallim Vasconcellos, falou sobre o planejamento dos dirigentes e citou Ronaldinho Gaúcho, que atuou no Flamengo de 2011 a 2012, como exemplo de uma contratação a não ser feita.
“Jamais pagaria R$ 40 milhões hoje por um atleta. Temos que dar um passo de cada vez. Nossa prioridade é pagar quem está aqui. Não adianta trazer alguém de R$ 40 milhões e não conseguir pagar os outro. Se sobrar dinheiro, vamos ver o perfil. Também não quero um ex-jogador, de ir para a noite. Para vir, é para jogar bola. Usando a palavra da moda, tem que estar comprometido. Não me interessa vender camisa, não traz título. Não precisa ter, necessariamente, um superstar para ser campeão. O Corinthians foi campeão sem ter um superstar. Se for famoso, vender camisa, trazer título e conseguir pagar por ele, tudo bem. Mas não há espaço para jogadores com o perfil do Ronaldinho Gaúcho. Ele joga muito, mas tem outros interesses. Aqui tem que se comportar. Não quer dizer que não possa tomar um chope, ir a uma festa. Mas, se tem treino de manhã, não pode ficar na festa até as 4h, beber até cair no chão… Foi a filosofia que adotamos. Não somos nós que temos que nos adaptar às pessoas, elas têm de se adaptar à filosofia. Todo mundo é tratado igual aqui”, disse ao jornal O Globo.
Na prática, o discurso do vice-presidente tem se consolidado. Assim que chegou ao clube, foi responsável pelo afastamento de jogadores como Alex Silva, Liédson, Ibson, Renato Abreu e Vagner Love, que detinham salários considerados fora dos padrões rubro-negros.
Fonte: Ei