Das três derrotas que o Flamengo sofreu em 22 partidas disputadas este ano, a única em que me surpreendeu, pela desordem do time, foi nos 3 a 0 para o Fluminense.
Nas outras duas, fora do país, fatores que fogem à normalidade tiveram influência decisiva.
Nos 2 a 1 para o León, a expulsão de Amaral; e no 1 a 0 para o Bolívar, a altitude de La Paz.
Em condições desfavoráveis, era mesmo difícil esperar pelos três pontos.
Pois no jogo desta quarta-feira, contra o León, no Maracanã, decisivo para as pretensões na Libertadores, tudo o que o time precisa é cumprir o script que ele mesmo escreveu vencendo 15 dos 22 jogos deste 22.
E tudo conspira a favor: estádio lotado, salários em dia, titulares recuperados…
Jayme de Almeida terá a volta dos laterais Leo Moura e André Santos e isso, por só, já encorpa e equilibra o time.
Tanto, que poderia até se dar ao luxo de guardar Elano no banco.
Acho que seria demais promover o retorno de três jogadores que não atuam há dias.
Principalmente, porque o trio Éverton, Gabriel e Paulinho, protegidos por Amaral e Márcio Araújo, tem feito a recomposição necessária sem prejuízos à ofensividade.
Perfil tático interessante, completado com a aplicação de Alecsandro, que por vezes até exagera no suporte à marcação.
Pode não ser (e não é!) uma equipe virtuosa.
Mas os resultados mostram que o Flamengo está ajustado.
Agora, no 4-2-3-1, é saber jogar o jogo.
Sem pressa ou afobação, mas com aplicação, velocidade e um pouco de futebol.
Como fez na maioria das vezes em que entrou em campo este ano…
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira