Árbitros garfam Flamengo, Botafogo e PSG; prejuízo do alvinegro.

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Em Paris, PSG 3 x 1 Chelsea, o apitador era o sérvio Milorad Mazic.
No Maracanã, Botafogo 0 x 1 Unión Española, o uruguaio Daniel Fedorczuk.
Em Guayaquil, Emelec 1 x 2 Flamengo, o chileno Julio Bascuñán.
Os três árbitros erraram ontem em jogadas de pênalti ou de suposto pênalti.
O equívoco menos grave, portanto com opiniões mais divididas, pareceu-me o penal marcado no estádio Parc des Princes. Mazic apontou falta de Thiago Silva em Oscar, dentro da área. Por mais arriscado que tenha sido o carrinho do zagueiro do PSG, é visível que o meia do Chelsea não foi derrubado por ele. Iria despencar e aproveitou para permitir o choque embaixo. Mais uma vez, o técnico Mourinho ganha mãozinha do juiz.
A garfada  mais acintosa foi a de Fedorczuk contra o Botafogo. O lateral-esquerdo Júlio César tocou a bola para escanteio e só depois houve um leve choque com Jaime. Um escândalo que decidiu a partida.
(Devo entender pouco de regras de futebol e interpretação de lances, porque o comentarista de arbitragem Carlos Simon afirmou que houve pênalti.)
O Flamengo foi prejudicado quando, corretamente, Bascuñán assinalou pênalti contra o Emelec. Se o zagueiro Nasuti não tivesse cortado com a mão, Alecsandro cabecearia, pois seu marcador vinha atrás dele, e não disputando a bola lado a lado. Situação clara de gol. Em vez de ser expulso, Nasuti lamentavelmente foi advertido apenas com o cartão amarelo, no comecinho do jogo.
(De fato, sei nada ou pouco. O comentarista de arbitragem Renato Marsiglia julgou que não era caso de vermelho.)
Flamengo e PSG deram a volta por cima e venceram. Mas o time parisiense poderia ter uma vantagem mais larga para o jogo da volta, pelas quartas-de-final da Champions. E o Flamengo, se tivesse enfiado mais gols contra um time com dez, poderia empatar na derradeira partida da fase de grupos da Libertadores, quando terá obrigação de bater o León.
No caso do Botafogo, o erro sangrou muito mais. Agora, a equipe decidirá na Argentina, contra o San Lorenzo. Pode se classificar, mas é o desafio que se descortina mais complicado.
Três pitacos sobre os jogos, falando só de futebol.
No confronto europeu, impressionou a forma do belga Hazard (Chelsea), 23, e do italiano Verratti (PSG), 21. O brasileiro Willian (Chelsea), também esteve muito bem, principalmente no primeiro tempo. Lavezzi, que fez um gol bonito, e Pastore, que marcou um golaço, os dois do PSG, são reservas na seleção argentina. Reservas! Se nossos vizinhos tivessem do meio para trás a qualidade que têm do meio para frente, seriam os melhores do mundo.
No Maracanã, o Botafogo demonstrou que a dependência de jogar em função de um centroavante enfiado se acentuou. Sem Ferreyra, suspenso, as chances diminuíram. No ano passado, o time tocava a bola, valorizando-a. Agora, cruza na área. Com Henrique mal, deu em nada. (Não custa enfatizar que o placar foi definido por invenção do árbitro.)
Depois da atuação de ontem, comandando o time em campo, Alecsandro merece ser titular na decisão contra o Léon. Wallace fez um partidaço. Jayme errou ao trocar no segundo tempo Muralha por Recife, que errou passes demais, inclusive no lance do pênalti bem marcado contra o Flamengo. Welinton, cedo ou tarde, vai cometer uma estupidez, quase sempre é assim: ontem, fez o pênalti dispensável que resultou no gol do Emelec. Jayme acertou em colocar Negueba para puxar os contra-ataques. Foi dele o passe para Paulinho no gol da vitória. Se a ficha cair, e o Negueba se der conta de que não é craque, ele pode vir a se tornar um bom atacante.
Em tempo: e os obituários precipitados do Flamengo, publicados na semana passada?
Fonte: Blog do Mário Guimalhães
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