A diretoria rubro-negra conseguiu uma importante vitória na política interna do clube nesta segunda-feira à noite, na Gávea. Em votação no Conselho Deliberativo, as emendas que alinham o estatuto do clube à Lei Pelé foram aprovadas por maioria absoluta.
Agora, o Flamengo estará apto a receber parte dos cerca de R$ 130 milhões disponibilizados pelo Governo Federal e destiná-los ao investimento dos esportes olímpicos. As emendas contemplam obrigatoriedades como um mandato máximo de quatro anos à presidência do clube, com apenas uma reeleição e a impossibilidade de nepotismo; a transparência em contratos e sua acessibilidade a todos os associados, inclusive a contratos, salvos aquele com acordos de confidencialidade.
Com as novas emendas, o clube espera tornar os esportes olímpicos, tais como basquete, ginástica, vôlei e natação autossustentáveis. A vitória foi, também, na política interna porque correntes da oposição do clube tentavam nos últimos dias atrelar a aprovação das emendas dos esportes olímpicos a outras mudanças no estatuto do clube, que teve sua última atualização em 1992.
Houve uma tentativa de levar a votação mudanças do projeto de estatuto chamado Pedra Rubi, que tem como um dos mentores Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, membro da oposição do clube e ex-presidente do Conselho Fiscal. Ribeiro chegou a ser vaiado durante parte da votação, enquanto discursava.
Entre alguns dos pontos polêmicos do Pedra Rubi estava o repasse de 20% da renda líquida do clube para os esportes olímpicos. Este item chegou a ir a votação, mas acabou rejeitado por grande maioria e teve apenas dois fotos a favor. Outras propostas do grupo de Capitão Léo, como a isenção de mensalidade a sócios e a gratuidade de ingressos a disputas esportivas com mando do clube para beneméritos e grande beneméritos nem sequer foram a votação após um acordo de bastidores.
Fonte: ESPN