Em protesto, Vasco promete não jogar a Série A esse ano.

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Agora que tudo acabou bem posso explanar pra geral e me livrar da neura que cultivei em silêncio sepulcral durante um tempão. Porque finalmente o Flamengo venceu a inhaca do centenário no futebol. Até que enfim! O Mengão conquistou seu 33º Carioca exatamente 100 anos após a conquista do nosso 1º Carioca em 1914. Xô, inhaca maldita e parabéns aos campeões centenários!
E não venham com essa caôzada de não comemorar o carioqueta. Tem que comemorar, sim e zoar bastante os fregueses diletos, porque esse é um dos motivos da existência do futebol e das paixões que ele desperta. O título foi mais do que merecido e acabou nas mãos do time que fez a melhor campanha e que levou a palhaçada desse ridículo estadual mais a sério. Estamos combinados, corta esse vascaínismo safado e vamos comemorar. Se não quiser comemorar o carioqueta pra não sujar roupa à toa comemore ao menos a nossa Megasena, o Flamengo ganhou a sexta decisão de campeonato seguida desses buchas. Chora, Portugal!
Essa conversa fiada dos bacalhaus de que o campeonato estava comprado é pueril e atenta contra a inteligência de quem à ela é exposto. Se os camisa-feia tinham tanta certeza que iam roubar pro Flamengo porque os trouxas foram ao jogo, porque assistiram à televisão? Inocentes, não sabem de nada! A verdade é que o Marcelo de Lima Henrique salvou o campeonato carioca do mais abjeto ostracismo. Se não fosse o nosso gol impedido absolutamente ninguém ia estar falando de um campeonato meia-boca que foi disputado praticamente na clandestinidade.
E caso o Flamengo tivesse mesmo comprado esse juiz teria sido um erro terrível. Um grande desperdício de dinheiro, uma despesa desnecessária. Como se o Flamengo precisasse comprar juiz pra ganhar da nossa baranga de fé. E que atentaria frontalmente contra a política de contenção de gastos do Flamengo. Se tivéssemos mesmo comprado a arbitragem o Flamengo teria que sustar imediatamente os cheques dados aos safados. Porque foram irresponsáveis, onde já se viu esperar até os 46 minutos do segundo tempo para começar a roubar pra gente? Isso é uma falta de profissionalismo que precisa ser punida.
Agora chega de zoação, vamos falar sério. O Flamengo foi campeão sem precisar fazer muita força. Eu tenho uma amiga vascaína que previu direitinho o que ia acontecer no jogo. Ele teve um dejavice. Todo mundo que não está fazendo o álbum de figurinhas da Grande Conspiração Internacional Pró-Flamengo, um sucesso editorial entre vascaínos adultos, sabe muito bem que o ambiente decisório é nocivo, infesto e prejudicial à saúde da nossa baranga.
Não é preconceito de gênero, simplesmente não dá pra bigoda bater de frente com a gente domingo no Maracanã. Aí é tiro, porrada, bomba e no final Mengão Campeão Carioca, Brasileiro, Copa do Brasil, etc. A gente se diverte, mas deve ser meio monótono pra eles. Mas toda situação, por pior que seja, sempre tem seu lado positivo, pelo menos dos jogos no domingo a vasca já se livrou.
O jogo não foi bom, o Flamengo, contrariando suas características ofensivas históricas, jogou com o regulamento debaixo do braço, abdicando acintosamente da posse de bola. Estratégia irritante para a torcida, mas que se mostrou extremamente inteligente, já que é notório que os bondes de São Januário não sabem o que fazer com a bola. E foi exatamente isso que rolou, a baranga ficava com a bola de lá pra cá, sem nos causar qualquer apuro, até zuni-la ou entrega-la a alguns dos nossos. Essa paupérrima configuração tática produziu um pelada nojenta que só ficou legal mesmo quando a banha derreteu, nos 15 minutos finais.
Já faz muito tempo que costumo dizer que quando o Flamengo é bom ele é muito bom. Mas que quando o Flamengo é mau, principalmente aos 46 minutos do 2º tempo, aí o Flamengo é ótimo. A satisfação de tirar o pão da boca da criança justamente quando ela já fazia malcriação, gritava olé e tirava foto com faixa de campeão é realmente indescritível. O Vice teve a vitória nas mãos quando converteu o pênalti cometido pelo seu melhor jogador, Erazo. O Vice queria quebrar o tabu e ser campeão. Querias, querias!
Como o Vasco está a cada dia se esquecendo de como é ser grande, não soube jogar com a súbita vantagem. Apequenou-se, chamou o Flamengo pra cima e foi protocolarmente castigado. Principalmente porque seu xerife (ui!), grande especialista em intimidação e simulação, resolveu bancar o malandro-agulha simulando uma enxaqueca e pedindo atendimento de um ginecologista do lado de fora do gramado para esfriar o jogo. Um recurso covarde próprio dos inaptos.
Na ultima cobrança de corner do jogo Wallace, totalmente livre de marcação, vocês sabem por quê, subiu ao terceiro andar com espírito verdadeiramente rondinelliano e mandou o balão com extrema violência no travessão da vasca. A bola pererecou e no rebote, Márcio Araújo, impedidinho, mas imbuído de toda a justiça esportiva do mundo, mandou a bola pro saco e entrou gloriosamente para a galeria dos Grandes Empaladores de Bacalhau. Simplesmente acabou com a palhaçada. Rodrigo, um dos melhores jogadores do Flamengo hoje, deitadinho atrás do gol, foi testemunha privilegiada da perfuração fatal. Os acessos às marquises lotaram na hora enquanto gargalhadas  incontroláveis irromperam pelo Brasil inteiro.
Gol do Flamengo? Gol do Flamengo impedido! Mas que delíciaaaaa! Os pobres diabos da vasca desabavam no gramado, escondiam a cara com suas camisas feias, estavam liquidados. Desde esse momento mágico a Nação não consegue mais parar de rir. Falando em riso, é importante fazer um registro. Completando agora 26 anos de sucesso absoluto e incontestável as decisões entre Flamengo x Vasco ultrapassaram o recorde de A Grande Família e se tornaram o programa humorístico de carreira mais longa da TV brasileira. Parabéns a todos os envolvidos.
Os vascaínos, revoltados, já disseram que isso não vai ficar assim. Em protesto contra a roubalheira os camisa-feia prometem não jogar a Série A esse ano. Pelo jeito magoaram. The Zoeira Never Ends!
Fonte: Urublog
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