Fisionomias até certo ponto assustadas, declarações curtas e muitos sonhos na cabeça. Assim, Arthur e Marcelo chegaram ao Flamengo. Apostas da vez de uma diretoria sem recursos para grandes investimentos, a dupla já treinou neste sábado no Ninho do Urubu e deu início a uma trajetória de incerteza e ambição. Dos muitos reforços vindos do chamado mercado emergente, Paulinho é, de longe, o exemplo mais bem-sucedido. O atacante, ex-Londrina, e o zagueiro, que defendeu o Volta Redonda no estadual, vivem a expectativa de aumentarem esta lista.
– É um motivo de alegria vestir a camisa do Flamengo. É o sonho de qualquer atleta. Cheguei com o intuito de vencer e ajudar o clube em qualquer situação. Pretendo fazer o meu melhor, o Flamengo merece. Lutei bastante para estar aqui. Se cheguei aqui, acredito que estou preparado. Vou buscar o meu espaço, correr pelas pontas, respeitar meus companheiros e fazer o melhor para o Flamengo – disse Marcelo.
Aos 22 anos, o defensor chega por empréstimo até o fim da temporada, com preço de parte dos direitos econômicos fixado. Sempre relacionado a Dedé pelas características físicas, pela velocidade e por também ter começado a carreira no Voltaço, Marcelo admite as semelhanças, mas pede o fim das comparações.
– Fico feliz com essa comparação, mas quero deixar claro que Dedé é Dedé, Marcelo é Marcelo. O respeito muito, é uma excelente pessoa, um grande jogador. As características são mesmo iguais, mas cada um é cada um.
Também de fala mansa, Arthur chega ao Rubro-Negro nas mesmas condições que Marcelo. O atacante de 22 anos se destacou pelo Londrina no Campeonato Paranaense e celebra a oportunidade no Flamengo.
– Fico muito feliz por vestir a camisa do maior clube do Brasil, com a maior torcida. É um sonho não só meu, como também do meu pai, mãe, toda família. Vou fazer o meu melhor, fazer o que fiz no Londrina para ajudar meus companheiros.
A oportunidade no Rubro-Negro não é a primeira do jogador em um clube de Série A. Na temporada passada, fez parte do elenco do Coritiba, mas sem destaque. Emprestado ao Figueirense, também pouco jogou. No Flamengo, por sua vez, acredita que pode escrever uma história diferente.
– No Coritiba, havia grandes jogadores, como Keirrison, Deivid, várias opções. Depois, fui para o Figueirense para jogar e foi opção do treinador de não me aproveitar. Aqui no Flamengo, respeito muito os companheiros, mas com determinação vou buscar o meu espaço. Sou fã do Kléber (atacante do Grêmio), do estilo aguerrido, lutador. Vou me esforçar assim.
Ainda sem Arthur e Marcelo, o Flamengo encara o Corinthians, domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, pela segunda rodada do Brasileirão. Na estreia, os cariocas empataram por 0 a 0 com o Goiás.
Fonte: GE