O primeiro ano de gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello no Flamengo terminou financeiramente com déficit de R$ 19.512.492,00. De acordo com o verificado no balanço de 2013, o clube apresentou no ano uma receita líquida de R$ 259.175.417,00 e acumulou R$ 278.687.909,00 de despesa.
Estes números serão levados à votação na próxima terça-feira, em reunião do Conselho Deliberativo. A reportagem do LANCE!Net conversou com membros de grupos políticos do Flamengo e a tendência é a de que o balanço seja aprovado com ressalvas, assim como o de 2012, referente ao último ano da gestão de Patricia Amorim, que será votado no mesmo dia. O Flamengo usa desta estratégia para cumprir prazo de obrigação da Lei Pelé – fim do mês – para poder receber verba nos esportes olímpicos.
Alguns números são interessantes de serem comparados entre o último ano de Patricia Amorim e o primeiro de Eduardo Bandeira de Mello como presidentes do Flamengo, como o déficit de 2012 maior em relação ao apresentado no ano passado – diferença de R$ 42.939.387,00. Por outro lado, as despesas de 2013 sofreram aumento de R$ 17.559.325,00.
O “melhor” resultado financeiro de Eduardo Bandeira de Mello se deu por conta do aumento da receita líquida em R$ 60.498.712,00, integrando, por exemplo, a quantia de R$ 16.546.693,00 referente ao programa de sócio-torcedor, que não existia na gestão Patricia Amorim. Outro ponto que deu um salto significativo foi o arrecadado com bilheterias, uma diferença de R$ 38.846.811,00 de 2013 para 2012.
Outro ponto que vale destaque foi o aumento da negatividade do patrimônio líquido do Flamengo. Em 2012, a avaliação ficou negativa em R$ 423.888.334,00. Já em 2013 ficou negativa em R$ 443.400.826,00. Além disso, o ativo do clube sofreu de 2012 para 2013 uma queda no montante de R$ 60.209.963,00.
Empréstimos também sofrem aumento
Os empréstimos realizados pelo Flamengo também sofreram aumento na comparação de dezembro de 2012 com o mesmo mês do ano seguinte. Em 2012, o clube devia por esta questão a quantia de R$ 85.197.617,00 e, em 2013, o valor passou para R$ 112.258.928,00.
De todos os empréstimos, apenas o do Banco Bradesco foi quitado (R$ 873.680,00). Do Polo Capital, a dívida pulou de R$ 18.385.797,00 para R$ 52.519.253,00. O do Banco BMG diminuiu de R$ 41.663.291,00 para R$ 36.010.301,00. Empréstimos feitos no Banco Bic, na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e na Confederação Brasileira de Futebol não sofreram modificações significativas entre os anos.
Ainda de acordo com o balanço de 2013, o Flamengo projeta quitar a dívida com BMG, Bic e CBF no próximo ano. Já os valores a serem quitados com o Fundo Polo e a Ferj irão acontecer após 2016, mesmo prazo para a quitação da dívida com o Complexo Maracanã S.A..
Fonte: Lancenet