Dois brasileiros tiveram comportamento exemplar na rodada de ontem da Libertadores — e fora de casa: o Flamengo foi a Guayaquil e bateu o Emelec por 2-1, enquanto o Grêmio viajou até Medellin e fez 2-0 no Nacional.
Flamengo: mais vivo do que nunca na Libertadores. Para se classificar, terá que bater o León, quarta-feira próxima, num Maracanã que estará provavelmente entupido de gente.
E que Leo Moura ou Leo voltem imediatamente, pois o pênalti desnecessário que Wellinton fez ontem quase comprometeu a vitória dos cariocas. Os equatorianos chegaram ao empate naquele momento e com aquela “caixinha de fósforos” cuspindo gente pelo ladrão, o Flamengo poderia ter sucumbido diante da grande pressão.
Mas não foi o que se viu: não só suportou bem a pressão como encontrou tempo, já nos acréscimos, para vencer com belo gol de Paulinho, em chute cruzado.
Grêmio: classificado. Busca agora o primeiro lugar geral, missão que vai depender do imponderável, pois se o Velez bater na Argentina o Universitário (Peru), segundo pior time da Libertadores, os argentinos acabam em primeiro lugar.
Os gaúchos dependem também de vitória diante do Nacional (Uruguai), em sua Arena, e esperam por uma derrota do Santos Lagunas frente ao Arsenal, em Sarandi (Argentina). Ambos os jogos pela última rodada da fase de grupos.
É muito provável que o Grêmio termine com a segunda melhor campanha, o que será muito bom, convenhamos.
O que chama a atenção é que o Grêmio passou com muita facilidade pelo “grupo da morte”. E fora de casa manteve-se invicto: duas vitórias e um empate; apenas um gol sofrido e sete marcados.
Finalmente o Botafogo: decepcionou na única derrota dos brasileiros na rodada de ontem. Num Maracanã com mais de 43 mil pessoas, o time foi dobrado pelo Unión Española: 1-0.
Sim, é verdade, o pênalti marcado não foi (Julio Cesar tocou a bola), mas o time teve tempo suficiente para empatar e virar.
Ironia: Ferreyra, que chegou a ser vaiado pelos botafoguenses, ontem foi lamentado: não jogou e seu substituto, Henrique, em noite pouco inspirada, teve atuação sofrível e funcionou mais como um beque adversário do que como um atacante botafoguense.
Situação do Botafogo: classifica-se com vitória diante do San Lorenzo, na Argentina. Se empatar, terá que torcer por uma derrota do Independiente del Valle frente ao Unión Española (que o venceu ontem por 1-0 num Maracanã com mais de 43 mil pessoas), o líder do grupo.
Não é nada impossível, mas o Botafogo vai ter que segurar a onda na Argentina.
Fonte: Blog do Sormani