Fluminense ‘goleia’ o Flamengo na política de preços de ingressos.

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Fluminense 3 x 0 Figueirense. Público pagante: 31.173, total 34.020, renda de R$ 385.535,00. Ingresso médio a R$ 12,36. Imaginemos a R$ 40,00 (como cobra o Flamengo) com 8 mil pagantes. Daria R$ 320 mil de renda. Os tricolores arrecadaram mais de R$ 65 mil além disso.
Ou alguém acha que a R$ 40,00 o preço médio do ingresso o jogo atrairia mais do que 8 mil pagantes? Talvez a metade disso. Ou nem isso. Melhor uma renda parecida com estádio recebendo bom público. Ou você acha que não?
Lembrando que ao preço médio de R$ 47,19 o Flamengo teve 3.625 pagantes na semi do Estadual contra a Cabofriense. Jogo que valia a presença na decisão carioca.
Contra o Horizonte, ainda na primeira fase da Copa do Brasil, o ingresso teve preço médio de R$ 10,44. E o Fluminense alcançou renda bruta R$ 78.300,00 superior à dos rubro-negros numa semifinal.
E semifinal do Estadual contra a Cabofriense é jogo do mesmo nível de primeira rodada da Copa do Brasil contra o Horizonte. Embora alguns não queiram ver isso.
No ano passado, no primeiro jogo no New Maracanan como mandante enfrentando um time de fora do Rio, o Fluminense venceu por 1 a 0 Cruzeiro. Time fortíssimo que seria campeão com sobras.
O que se transformaria no duelo dos dois mais recentes campeões nacionais teve renda muito parecida com à do confronto com o Figueirense neste sábado: apenas R$ 11.970,00 a mais.
Preço médio do ingresso: 28,63. Público pagante: 13.882, ou seja, 44% das pessoas que foram ver a estréia tricolor no atual Brasileiro. A diferença de bilheteria, pequenina, não compensa.
E por que não? Ela não compensa porque é possível arrecadar mais na venda de produtos e nos bares. E o mais relevante: com ingresso mais barato a galera comparece e tudo fica melhor.
Pais têm mais condições de levar seus filhos aos jogos com ingressos mais baratos. Novos torcedores são “criados”, alimentam o saudável hábito da arquibancada.
O povão que não tem ido aos jogos pode reaparecer, um prêmio a essa gente apaixonada que não consegue mais ver o time de coração em campo. A festa aumenta!
Melhor ter todos esses torcedores de fé reunidos gritando pelo time, apoiando, do que milhares e milhares de cadeiras padrão Fifa vazias e um enorme silêncio no estádio. Isso é óbvio.
Não entro aqui nos detalhes dos contratos entre o consórcio que administra o estádio e os dois clubes cariocas. A idéia é mostrar que muitas vezes o preço baixo compensa. E cada que procure soluções.
Claro que existem jogos com maior demanda, decisivos, nos quais o cenário muda. Mas se você é torcedor do Flamengo e acha que a política de preços do clube é correta, por que não comparece a todos os jogos? Qual a razão de públicos tão pequenos? Deve ser porque é caro né?
Fonte: Blog do Mauro Cezar Pereira
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