O Flamengo não jogou um grande futebol contra o Emelec, em Guayquil — longe disso. Mas o louvável é que disputou a partida inteira com enorme entrega e coração. Por isso, conseguiu os três pontos que o mantiveram vivo na Libertadores. O heroico triunfo não foi suficiente para evitar a obrigatoriedade da vitória sobre o León, mas lavou a alma dos jogadores e da torcida.
Graças ao resultado, o Fla tem uma pequena possibilidade de ser o primeiro no grupo, caso o Emelec derrote o Bolívar, em La Paz. Mas que ninguém espere jogo fácil, no Maracanã…
Se a determinação e a garra dos jogadores, no Equador, merecem aplausos, o mesmo não se pode dizer das surpreendentes escolhas do técnico Jayme de Almeida. A opção por iniciar a partida com Welinton na lateral foi calamitosa. O destrambelhado zagueiro cometeu dois pênaltis (o do primeiro tempo, o juiz não marcou), esteve sempre mal colocado e se cansou de errar passes. Um desastre agravado por outro equívoco do treinador, ao trocar Muralha pelo jovem Recife — que entrou muito mal e cometeu a falha que originou a penalidade máxima contra o Fla.
A favor de Jayme, houve a ótima entrada de Negueba, que serviu para desafogar a pressão que o rubro-negro sofria, após o empate. Foi através de uma de suas arrancadas que nasceu o segundo gol, num passe perfeito para Paulinho marcar.
O maior desafio do Mais Querido, agora, é se dividir entre três jogos duríssimos, em apenas uma semana. Os dois contra o Vasco, decidindo o Estadual, e o do meio de semana, diante do León, pela Libertadores. A vitória no Equador, certamente, servirá como poderosa injeção de moral no elenco. Mas se alguns titulares importantes, como Leonardo Moura, André Santos e Elano não voltarem logo, a situação ficará ainda mais complicada.
Em tempo: Alecsandro jogou muito. Não pode mais sair do time. E, continuo a achar que dá pra ele fazer dupla com o Brocador…
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado