A derrota do Flamengo para o Léon na noite de quarta-feira não deixou como saldo apenas a trágica eliminação na Taça Libertadores.
Ela expôs feridas ainda mais preocupantes para uma instituição que se orgulha de ser maioria em todas as classes sociais.
Com a decisão da diretoria de aumentar o preço dos ingressos para jogos no Maracanã, torcedores de diferentes classes se estranharam à saída do estádio.
Há relatos de casos de rubro-negros agredidos verbalmente por outros rubro-negros, inclusive com ameaças à integridade física.
Ao que parece, pelo simples fato de não possuírem perfil semelhante.
“Estava na companhia de um amigo de Mato Grosso, com esposa e dois filhos. Fomos hostilizados. Chamados de burgueses. Burgueses que são culpados pelo que o Flamengo está passando. Fui muito, mas muito tenso…”, escreveu um deles.
Eu mesmo ouvi queixas de muita gente boa que tentou justificar o insucesso do Flamengo alegando que a torcida que estava presente ao Maracanã não era a original.
“Pode reparar: não tinha negro no estádio!”, me disse “um cabra”, aqui mesmo no prédio onde escrevo a coluna.
Gente letrada, rubro-negro de fio a pavio, propagando um “apartheid” às avessas que em nada ajudaria o Flamengo.
Muito pelo contrário…
NO LIMITE.
Insisto: o time de Jayme de Almeida foi eliminado da Libertadores porque é limitado para uma competição deste nível _ ainda que o nível não seja dos melhores.
E este time não é do tamanho da paixão rubro-negra porque sua diretoria optou por sanear as dívidas do clube para que ele seja ainda maior num futuro próximo.
E para que isso seja possível no menor prazo possível seus administradores precisam fazer dinheiro e gastar o mínimo possível. Simples, assim…
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira