Nas últimas cinco finais, incluindo a do Estadual de 1999, em que Rodrigo Mendes fez o gol do título, de falta (foto), e uma de Copa do Brasil, em 2006, deu Flamengo. Por que seria diferente justo agora? Há quem diga que o Vasco é o amigo certo das horas incertas, com quem o Flamengo pode sempre contar para dar a volta por cima ou ressuscitar.
Nenhum dos jogadores do Vasco, no elenco atual, viveu a fase ruim do confronto com o rival em finais no início dos anos 2000. E nas duas vezes em que jogaram o clássico este ano mostraram personalidade de sobra. Jogaram bem. A vitória está guardada para o confronto final, domingo. Chegou o momento de reviver 1988, a escrita já durou demais.
A semana já foi suficientemente ruim para os rubro-negros. No domingo o time vai jogar como se fosse final de Copa do Mundo, para fazer as pazes com a própria torcida. A raça rubro-negra será o jogador a mais.
Está tudo conspirando a favor do Vasco no mundo do imponderável. O Flamengo vive uma onda negativa que começou com o não reconhecimento do título brasileiro de 1987, atribuído exclusivamente ao Sport nesta semana pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). E teve seu pior momento na eliminação da Libertadores, diante de um Maracanã lotado. O time rubro-negro está abatido e de ânimo fraco. Já em São Januário o momento é tranquilo, bem diferente do clima turbulento do Ninho do Urubu.
Está certo que a maioria dos flamenguistas, se pudesse, trocaria o Carioca pela Libertadores, fácil. Mas afinal de contas é uma taça que está em jogo. E taça é taça, quem não gosta de ganhar? Ainda mais numa competição em que o Flamengo tem a hegemonia. E, cá entre nós, gritar “é campeão” vai fazer muito bem para curar as feridas recentes nos corações rubro-negros.
A consistência que o técnico Adilson Batista conseguiu dar ao Vasco pesa a favor do time. Na defesa, a menos vazada do Campeonato Carioca, estão a segurança do goleiro Martin Silva, a firmeza do zagueiro Rodrigo e a eficiência do volante Guiñazu. Na frente, os 11 gols do artilheiro da competição, o atacante Edmilson (foto), são os argumentos. Ele está em ótima fase. E foi dele o gol da classificação à final, contra o Flu. Por que não repetiria a dose contra o Flamengo?
Fonte: O Globo