A Rede Globo deve ser alvo em breve de uma pressão para rever o atual modelo de divisão de cotas de TV. Uma das lideranças do movimento é o presidente do Goiás, Sergio Rassi, que repassou a situação de outros ligas e pretende “levantar devagarinho a bandeira” na briga por uma mudança nos contratos de direitos de transmissão e contra o processo de ‘espanholização’ do futebol brasileiro.
Ele diz ter o apoio de Coritiba, Atlético-PR, Bahia, Vitória e Sport, todos recebem hoje cerca de R$ 30 milhões anuais.
“Estamos tentando encabeçar um plano para mudar essa questão da divisão do dinheiro da TV. Na linha do que fazem hoje a Bundesliga, a Premier League e a Serie A italiana, por exemplo. A única que não segue isso é a Liga espanhola. Não por acaso, tem um futebol sem graça, restrito basicamente a dois clubes, com um terceiro surgindo de vez em quando. As demais têm uma alternância de títulos”, afirma.
“Funcionaria mais ou menos assim: 60% do valor seria repartido igualitariamente entre os 20 times enquanto que 20% seriam pela exposição na mídia e o outro 20% pelo desempenho em campo. Seria mais justo. Hoje, tem equipe que paga R$ 400 mil de salário. Não posso pagar R$ 90 mil aqui”, completa.
Rassi acredita que será preciso superar a resistência dos principais clubes para a proposta vingar.
Fonte: ESPN