Às vésperas do primeiro clássico carioca neste Campeonato Brasileiro, as diferentes políticas adotadas por Flamengo e Fluminense – que se enfrentam no próximo domingo, às 16h (de Brasília) – causam debate sobre qual gera o maior custo-benefício. E, após a terceira rodada da competição, quando ambos tiveram o mando de campo pela segunda vez, os números apontam uma grande disparidade no número de torcedores e uma diferença não tão considerável entre as rendas. Contra o Vitória, o Tricolor teve um público pagante quase três vezes maior no Maracanã do que o rival na partida contra o Palmeiras. O Rubro-Negro cobrou seis vezes mais pelo bilhete mais barato (R$60, contra R$10 do Flu) e teve um lucro final de R$ 20 mil a mais em relação ao rival.
No último sábado, o Fluminense jogou para um público de 44.975 pagantes e lucrou R$ 169.870,97 de uma renda bruta de R$ 609.195,00 – ou seja, 27,89%. No domingo, o Flamengo teve um público de 16.318 pagantes e lucrou R$ 223.518,81 de um total de R$ 763.125,00. O clube ficou com 29,2% da renda antes da penhora no valor de 33.527,82 – o valor final, após a penhora, foi de R$ 189.990,36 e 24,89%.
Na estreia pela competição, quando optou por levar o jogo contra o Goiás para Brasília, a diferença entre as rendas foi maior, e o Flamengo lucrou cerca de R$ 205 mil a mais do que o Fluminense. Na ocasião, o público pagante rubro-negro foi inferior: 19.012 contra 31.173 (confira os números completos na tabela abaixo).
O acordo dos clubes com o consórcio que administra o Maracanã é diferente. O Fluminense recebe os valores pela venda de ingressos dos setores Norte e Sul (atrás dos gols), livres de despesa com aluguel do estádio. Já o Rubro-Negro divide a arrecadação de venda de bilhetes, bares e camarotes, mas também reparte as despesas. No borderô do último jogo, o desembolso com aluguel foi de R$ 169.334,30.
Fonte: GE