Gilmar Ferreira analisa resultados dos cariocas na 4ª rodada.
Antes de falarmos do Fla-Flu vencido pelos tricolores ou ressaltar a boa atuação do Botafogo nos 6 a 0 de sábado pela Série A do Brasileiro, me chama atenção o fato de três clubes de Santa Catarina ocuparem a zona de rebaixamento. Dos 33 pontos disputados nas quatro primeiras rodadas (houve confronto local), Figueirense, Chapecoense e Criciúma não somaram mais do que quatro. O rendimento reforça o estranhamento quanto à presença de três representantes da Federação catarinense na Série A, e o consequente esvaziamento do futebol carioca. De longe, fica a impressão de que na última rodada do Brasileiro de 2013 o universo conspirou a favor e a Portuguesa salvou os cariocas de um desastre maior. FLUMINENSE 2 x 0 FLAMENGO. O Fluminense de Cristóvão não venceu o Flamengo de Jayme porque jogou um futebol de nos encher os olhos. Venceu porque a qualidade dos seus jogadores é maior do que a do adversário. O time ainda está em fase de adaptação a um novo sistema de marcação, e, sobretudo, de consolidação do condicionamento físico. Tanto, que na metade do segundo tempo os tricolores já cediam espaços, recuando a marcação. E aí então foi possível perceber o desnivelamento. De um lado: Conca, Wagner, Sóbis e Fred. Do outro: Márcio Araújo, Mugni, Paulinho e Alecsandro. Os rubro-negros foram aplicados, mas faltou qualidade. Não houve quem pensasse o jogo, quem se insinuasse. Mugni ou Paulinho podem até cumprir a missão contra adversários menos qualificados. Mas contra as grandes forças é brincar com a sorte… Impossível não se empolgar com um time que faz seis gols no adversário. A menos que se perceba algo estranho no oponente. Talvez este tenha sido o recado dos alvinegros após a goleada de sábado. Funcionou de novo o esquema com Daniel, Jorge Vágner, Emerson e Zeballos se movimentando com dinamismo. Mas o espaço encontrado na defesa do Criciúma surpreendeu aos próprios jogadores. Pela Série B, o Vasco teve dificuldades na movimentação sem a correria do garoto Marquinhos pela esquerda e levou um tempo para vencer a retranca paulista. Os gols só saíram quando o adversário percebeu que poderia ser um mais ofensivo. No mais, o volante Fabrício deu qualidade à marcação e o atacante Rafael Silva apareceu bem. Enquanto o técnico Adilson Baptista não tiver os titulares à disposição, os resultados virão aos trancos e barrancos. Fonte: Blog do Gilmar Ferreira