Gilmar Ferreira defende o trabalho de Jayme no Flamengo.

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Percebo certa insegurança nas palavras do técnico do Flamengo que faz hoje à tarde, contra o Palmeiras, no Maracanã, uma partida daquelas de provocar arrepio.
Não que o time adversário se imponha pela técnica, pelo conjunto ou coisa que o valha.
Longe disso.
Mas é daqueles cujo perfil parece talhado a mão para atrapalhar a caminhada dos donos da casa.
Um empate que seja diante de um time aparentemente sem grandes pretensões neste Brasileiro e o trabalho de Jayme de Almeida, até aqui razoavelmente bom, começará a ser questionado de forma mais severa.
E o “razoavelmente bom” é exagero que assumo sem maiores pudores.
Jayme foi chamado a socorrer o Flamengo e obteve 100% de eficácia.
Senão, vejamos: sua missão no Brasileiro do ano passado era livrar o clube do rebaixamento, missão cumprida com aproveitamento de 47,3% em 19 jogos _ mais precisamente sete vitórias, seis empates e seis derrotas.
Outro desafio era levar o time ao título da Copa do Brasil, feito realizado com quatro vitórias, dois empates em seis jogos, com o excelente aproveitamento de 77,77%.
Virou o ano, os reforços não foram do tamanho que o Flamengo precisava, mas ainda assim Jayme levou o time à conquista da Taça Guanabara e (noves fora, nada) do Estadual.
Na leitura fria dos números, 14 vitórias, quatro empates e uma derrota, em mais 19 jogos que lhe garantiram um aproveitamento espantoso de 80,7%.
O ponto fora da curva foi mesmo a Libertadores, competição em que o Flamengo obteve rendimento pífio de 38,88%, mas bem á altura de um time que nem sempre pôde contar com os jogadores que deveriam qualifica-lo.
Portanto, se a missão fosse ganhar um título no primeiro semestre, Jayme teria alcançado também seus 100% de êxito.
E, mais: no todo, o técnico pelo qual o Flamengo não deve pagar metade do que ganham os medalhões do mercado tem 62,66% de performance, em 50 jogos à frente do time.
Posso garantir que não é pouco…
CONTAS.
Uma coisa, porém não se pode negar, e aí não é culpa do treinador: o Flamengo não fez uma partida de encher os olhos este ano.
Mas não precisa ser um observador detalhista para enxergar que seu elenco não oferece tranquilidade para a disputa do Brasileiro de pontos corridos.
Vejam bem: não estamos falando de conquista de título ou de classificação à Libertadores.
Por ora, a conta é mesmo a dos 47 pontos que garantam a permanência na Série A.
Se bem que tenho amigos rubro-negros fazendo uma ressalva importante: com 46 dá para livrar…
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira
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