A torcida do Flamengo não quer mais saber de desculpas. E tem razão de se queixar. Afinal, a folha de pagamentos do futebol rubro-negro (R$ 9 milhões) é das mais caras do país. Como pode, então, o time ser dos mais vagabundos da Série A? O inesperado título da Copa do Brasil foi apagado pelo rotundo fiasco na Libertadores. E os do Estadual do Rio não enganam mais ninguém.
O vice-presidente de futebol Walim Vasconcellos coleciona erros. O mais grave, logo no pontapé inicial, com a escolha de Paulo Pelaipe como executivo. De lá pra cá, cinco técnicos e um sem-número de jogadores medíocres contratados. O único bom, Elias, acabou no Corinthians. Agora, já se fala novamente na contratação de reforços de peso, no meio do ano (promessa de campanha da chapa azul, nunca cumprida). Mas se for o Walim o responsável pela escolha, todos aos botes! Em tempo: quem vai pagar preços estratosféricos pra ver esse timeco pagar mico no Brasileirão?
Analogia
Essa é dos tempos em que Joel Santana dirigia o Flamengo e escalava o meio-campo com um bando de volantes. Na véspera de um jogo, no restaurante do hotel em que o time se concentrava, na Barra da Tijuca, o técnico, um glutão assumido, chegou a lamber os beiços quando seu prato chegou: um suculento filé mignon com batatas fritas. Ato contínuo, quis apanhar os talheres, mas se deu conta de que tinha quatro facas e nenhum garfo. Ao chamar o garçom, entendeu o porquê:
— Seu Joel, agora o senhor sabe como a torcida se sente quando escala quatro volantes…
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado