O papel da oposição é fundamental. Democracia pressupõe a convivência dos opostos, e resta àqueles que estão fora da base governante fiscalizar a administração, apontar os erros, provocar o debate para que o poder não se estabeleça como dono da verdade, senhor de tudo e de todos. A oposição forte é uma necessidade, garantia de moderação do poder. Não precisa ser “light”, apenas responsável, sem a necessidade do “jogo sujo” para extrair dividendos políticos/eleitoreiros.
No Flamengo, infelizmente, ainda estamos na idade da pedra lascada no que se refere ao comportamento de alguns blocos políticos. Uma boa parte dos oposicionistas, em especial o grupo liderado pelo Sr Leonardo Ribeiro (vulgo Capitão Léo), ignora os interesses do clube e busca, através de guerra cruenta, retornar ao poder. Esse entendimento equivocado e mesquinho desses oposicionistas empurra o Flamengo para um estado de guerra, um jogo de gato e rato, que em nada interessa ao clube, aos sócios e a Nação Rubro-Negra.
Essa guerrilha serve apenas a quem busca o poder como forma de subsistência. As medidas, muitas vezes impopulares, adotadas pelo grupo governante, apesar de necessárias, poderiam, de fato, gerar controvérsias, e a oposição tinha todo o direito de polemizar. Mas, tudo tem limites.
A atual gestão não pode viver de retrovisor, se esquivar das suas responsabilidades – ao ganhador o bônus e, também, o ônus. Porém, os que perderam não podem querer, como estão desejando, o mal do Flamengo, agindo como se não tivessem responsabilidade sobre os problemas do clube, fazendo oposição destrutiva e pouco ou nada propositiva, criando e alimentando factoide após factoide e colocando os interesses pessoais acima dos do Flamengo.
Por Silvio Macedo.