Chegamos em 2014 e ainda impressiona como muitos clubes de futebol pecam no momento de preservar a imagem atual e de toda história da instituição. Em plena era da informação e do conhecimento, ainda não possuem uma base de suporte para gerenciar conflitos e garantir que a gestão seja bem sucedida.
É evidente a falta de preparo quando o clube é atingido por uma crise que vem à tona. A busca por culpados se torna a solução mais rápida e eficaz para justificar o erro.
O gerenciamento de crises consiste na redução de perdas no momento que ocorre uma ruptura. É a ação mais importante para proteger os interesses do clube e atuar para voltar o quanto antes à sua normalidade.
Mas para isso é necessário antes que todos que compõe toda estrutura organizacional tenham conhecimento do seu papel. É necessário que o profissional que assuma qualquer função saiba quais as diretrizes, qual modelo de gestão, e sobretudo, sua função.
Na atmosfera do futebol vivemos zonas frequentes de instabilidades, e sem uma comunicação eficaz com uma ação planejada para gerir crises, torna-se recorrente a exposição da imagem do clube e a fragilidade na administração. Mais do que gerir crises, é necessário ainda atuar na segurança da informação.
Diante dos últimos fatos dentro do Rubro-Negro, e da promessa de profissionalização lá em épocas de campanha, fica a dúvida: quanto tempo mais levaremos para profissionalizar?
A reclamação do ex-técnico é legitima. Ele está no direito de ficar insatisfeito com a forma que foi conduzida sua demissão. Ao clube, cabe o dever de identificar as falhas neste desligamento, e ao torcedor cabe apoiar o novo técnico que nada tem a ver com as falhas do processo. Torcer para que ele seja religioso e tenha na bolsa algum milagre, já que o material humano é o mesmo.
Fonte: Falando de Flamengo