Eu tento entender os motivos das pessoas antes de formar uma opinião. É um hábito que você começa a ter depois de virar vidraça e ver o quanto é estúpido ser julgado por quem nem te perguntou seus motivos.
Entendo quase sempre o motivo. As vezes concordo, as vezes não.
Mas quando um treinador já não muito marcado por seu brilhantismo resolve criar uma situação para piorar o que já é ruim, fico em dúvida quanto a capacidade de leitura do sujeito.
Ney não é idiota, sabe de futebol como quase todo treinador. Mas em que momento ele achou que empatando com o Figueirense lançar um garoto e causar uma polêmica com ele ajudaria em alguma coisa?
Eu nem acho que ele jogava bem. Talvez nem devesse ter entrado. Mas se entrou, assina o B.O., Ney! Não joga no garoto a responsabilidade de ter “estreado mal” ou “não dado conta”.
Que puta covardia. E, principalmente, que puta tiro no pé.
Agora é “crise na Gávea”, mil entrevistas com o garoto, analise terapeutica jornalística por 10 dias até que ele entre, faça um gol de penalti no CRB numa Copa do Brasil e corra pra te abraçar.
E o pior? Nem o gol da vitória saiu. E até merecia sair! Mas o foco das desesperadas tentativas do time no final vai ser todo desviado para uma polêmica sem vencedores.
Masoquismo. Não bastasse a tempestade, o barco ruim e a falta de tripulação qualificada, o capitão resolveu queimar sinalizador pra festejar o ano novo.
Aí fica difícil.
Fonte: Blog do Rica Perrone