E lá se vão mais de 30 anos acompanhando futebol, sempre com muito interesse e fanatismo. Para quem me conhece pessoalmente, sabe o quanto este esporte representa na minha vida.
Um fato que sempre me incomodou muito é a mania de muitos quererem comparar jogadores de épocas diferentes. Afinal, quem jogou mais: Pelé ou Maradona? Acho uma comparação injusta pelo fato da evolução do esporte fazer com que se tenham características distintas.
Mas, acompanhando o futebol atual, tenho que admitir que passamos por uma péssima fase técnica nos gramados. Vide como exemplo, o nosso Flamengo.
O ultimo jogo, contra o Cruzeiro, foi o retrato fiel disto tudo. Jogadores sem técnica, sem vontade. Para um torcedor mais desatento, parecia um jogo entre Profissionais x juvenis. Jogo repleto de passes errados e jogadas bisonhas.
Atualmente, quantas jogadas de linha de fundo, com um cruzamento certo na cabeça do atacante, nós presenciamos? E batida de escanteio com precisão? Notem que não estou falando de jogadas de gênios, craques ou outras peripécias. Estou citando jogadas comuns, que deveriam ser de manual de treinamento de jogadas de base.
Nos anos 80, tínhamos um timaço repleto de estrelas. Zico, Leandro, Adílio, Júnior, Andrade etc. Além disso, nossos adversários possuíam jogadores fantásticos, fazendo com que o nível fosse muito mais elevado.
Ao pedir para citar 10 craques que jogassem no futebol do Rio de Janeiro, era difícil pela quantidade de jogadores que você poderia incluir na lista.
Hoje em dia, fica difícil escalar 10 craques jogando no futebol brasileiro e talvez até no mundo.
(Observação: quando falo craque, digo aquele jogador muito acima da média, capaz de decidir um jogo ou torneio. Não esses pseudos craques, inventados pela mídia, que jogam uma partida boa e são logo, alçados à esta condição)
Contudo, como um amante do futebol e um torcedor fanático, ainda tenho fé de que teremos uma virada nessa história e que veremos brilhar nos gramados com o Manto Rubro-Negro, craques que possam tratar a bola com muito mais carinho do que vemos hoje em dia.
Fonte: Falando de Flamengo