Eduardo Bandeira de Mello, Wallim Vasconcellos e Maurício Gomes. |
Desde a desastrada escolha de Paulo Pelaipe, como diretor executivo, já dava pra desconfiar que o futebol do Flamengo estava entregue a neófitos que não tinham a menor noção do que fazer. De lá pra cá, o que era impressão virou certeza. E o resultado aí está: já foram contratados 22 jogadores (à exceção de Elias, que acabou indo embora, todos medíocres), a folha de pagamento é altíssima, o técnico já é o quinto na atual administração e o time está na zona de rebaixamento, ameaçado de bater um recorde nefasto e histórico.
Afinal, nem o pior dos dirigentes rubro-negros (e olha que foram muitos os incompetentes que passaram pela Gávea) conseguiu o que Walim Vasconcelos ensaia: levar pela primeira vez o clube Mais Querido do Brasil para a segunda divisão.
E, por incrível que pareça, não é a total ignorância de como se dirige um clube de futebol o maior pecado dessa diretoria. O mais grave é a insuportável arrogância que faz com que teimem em insistir nos erros que cometem em série — o mais danoso deles persistir com Walim, que deveria ser o primeiro a reconhecer a própria incapacidade no mundo da bola e, como verdadeiro flamenguista, se afastar para outras funções financeiras e administrativas que, dizem, parece conhecer bem.
Em tempo: quem terá sido o gênio que levou o jogo contra o Figueirense para o Morumbi? O que esperava? Que dezenas de milhares de rubro-negros lotassem as arquibancadas do estádio do São Paulo, numa quarta-feira à noite, para ver jogar e incentivar essa equipe medonha que não é capaz nem de bater o lanterna do campeonato?
Não bastasse a assustadora incompetência para montar um time minimamente capaz de respeitar as gloriosas tradições rubro-negras, Walim e seus pares estão conseguindo algo ainda mais hediondo: afastar dos estádios aquilo que o Flamengo sempre teve de mais valioso— a sua gigantesca e apaixonada torcida.
E não serão Ximenes, Richarlysson e Rosinei (que chegaram a ser cogitados, meu Deus!), ou mesmo o caríssimo Montillo (que não joga bem há pelo menos três temporadas) que afastarão o caos da Gávea e do Ninho do Urubu. Não, enquanto o comandante do barco, que está mais perdido do que cachorro que caiu da mudança, permanecer ao timão — por teimosia e orgulho.
Absurdo
Mais uma prova cabal da incompetência galopante que assola o Flamengo. Em meio à enorme crise, o presidente Eduardo Bandeira de Mello entra de férias (será que volta?) e os jogadores serão agraciados com duas semanas de folgas durante a Copa! Um período que, obviamente, deveria ser usado para uma boa temporada de treinos que permitisse recuperar a péssima forma física exibida nas rodadas iniciais do Brasileiro e também para que o técnico Ney Franco (que acaba de chegar) bem como o novo executivo de futebol pudessem se familiarizar com o elenco. Mas, qual o que: “la nave va”… Completamente à deriva!
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado