E vai acabando a Copa do Mundo de futebol no Brasil e chegando a hora do Mengão entrar em campo novamente pelo Brasileirão 2014. Confesso que estou ansiosa para ver o quanto estou com a impressão errada sobre um elenco que não me provoca mais nenhum frio na barriga.
Eu não esqueci dos 3×0 em cima do Cruzeiro no primeiro tempo. Não me esqueci da maneira apática na qual o time se comportou, do capitão voltando sem a sua faixa, que deveria ser portada com orgulho, do esporro do diretor/gerente de futebol falando que tinha gente fazendo corpo mole e nem do faniquito inconsolável de gente da diretoria em Redes Sociais depois do vexame que foi a nossa última apresentação o Brasileiro. Pode não ter sido histórico, mas foi uma das coisas mais bizarras que eu vi do Flamengo nos últimos tempos.
É claro que o vexame do Brasil me fez relembrar e associar os 7×1 que se levou da Alemanha com o nosso vexame contra o Cruzeiro. Não, gente, eu não estou exagerando. Assim como não se pode aceitar uma goleada histórica numa semifinal de Copa do Mundo em casa, a gente não pode aceitar jogadores daquele jeito contra o Cruzeiro. Assim como os jogadores da Alemanha não aceleraram o jogo para não fazer mais gols no Brasil, os jogadores do Cruzeiro também não aceleraram. Não é porque o jogo contra o Cruzeiro não foi um vexame histórico (para alguns!) que não tenho que ficar inconformada. Aliás, por um bom tempo, lembrarei desse jogo. E tenho a impressão que ainda falarei muito dele.
Da mesma forma que o Brasil está tendo a chance de refazer o seu futebol num fato, o Flamengo teve. O Flamengo esteve com a faca e o queijo na mão e nada fez. Parece que o Brasil vai pelo mesmo caminho. Então, para quem acha que a CBF é uma porcaria porque não muda o rumo do futebol, vamos olhar um pouco para o próprio umbigo: o Flamengo também não mudou. Permaneceu na inércia. Preferiu se fazer de cego. Afrouxou.
Não dá para achar normal um 7×1 em 90 minutos, assim como não dá para achar normal um 3×0 em 45 minutos.
Fonte: Primeiro Penta