5 dias se passaram. O Flamengo não apresentou nada de novo, a não ser um esquema tático diferente, embora ineficaz. Deu muitos espaços para o Atlético Paranaense (que tem um time bastante veloz e jovem), envolveu o time da Gávea e derrubou seu adversário para a lanterna do Brasileirão 2014, uma vez que o Figueirense venceu na rodada.
Trata-se de um time lento, previsível. Ney Franco é o culpado? Não sei. Talvez sim, talvez não. Sei que o Sr. Eduardo Bandeira de Mello tem sim, sua parcela de responsabilidade. Não pela demissão do Jayme de Almeida, acredito eu. Mas sim pela manutenção de jogadores ultrapassados no elenco e poucas caras novas no elenco (apenas o argentino Canteros foi contradado; embora Eduardo da Silva esteja chegando à Gávea nos próximos dias).
Tiveram muito tempo para dar fim a jogadores como André Santos, Elano, Felipe, Léo Moura (sim, ele mesmo!), entre outros. Nada foi feito. Apático e sem fôlego, o Flamengo escapou de levar uma bela sapatada do Atlético do Paraná, que deve ter tido piedade dos rubro-negros ou esbarrado em suas próprias limitações.
O departamento de futebol do clube segue sendo mal tratado, como se não estivesse sendo levado a sério. E isso vem de gestões anteriores e se repetem nessa nova gestão. O basquete é muito legal e tudo mais, mas o Flamengo vive do futebol. A escalação de ontem foi apenas mais um tapa na cara de um torcedor que se deslocou até Macaé para ver onze jogadores vestindo a camisa do Flamengo, não o Flamengo de fato. Recheado de jogadores obsoletos, o time foi presa fácil. O placar de 2 a 1 é enganoso e dá a sensação de que foi um jogo duro. Não foi.
Ney Franco tem seis jogos, três derrotas e três empates. Não está fácil. Ao final da partida, ele disse: “chegamos ao fundo do poço”. O fundo do poço é muito mais fundo que isso. Mas se não abrir o olho, pode chegar. Aguardemos.
Por Matheus Gomes
Fonte: Quatro Quatro Dois